Vacinação em criança: pediatra orienta sobre a volta às aulas

Os cuidados são necessários na sala de aula

A volta às aulas inicia nesta segunda-feira 17, em boa parte da rede particular de ensino. Com isso, há uma expectativa de pais e alunos para a vacinação contra a covid-19 em crianças de 5 a 11 anos.

De acordo com o pediatra Hugo Leonardo, alguns cuidados devem ser tomados pelos pais, colégios e hoteizinhos nesta nova fase.

“Não há problemas em mandar as crianças para a escola sem terem tomado as doses da vacina. Porém, apenas deve mandar se elas estiverem bem de saúde e sem sintomas. A partir do momento que elas começarem a ter febre, coriza, tosse ou algum outro sintoma, o aconselhável é não deixar ela ir e avisar na sala dela e as outras mães que a criança adoeceu. Passado o tempo de doença, ela pode retornar  ao seu vínculo estudantil”, afirma o médico pediatra Hugo Leonardo.

Hugo conta que as vezes esses sintomas já são percebidos pelas professoras e por isso é importante que, caso a escola ou hotelzinho possua enfermaria, os profissionais possam medicar devidamente a criança de acordo com as orientações passada anteriormente pelos pais e informá-los do estado de saúde da criança.

“Normalmente durante a matrícula os pais informam à escola se a criança tem alguma alergia, qual medicação tomar caso tenha determinado sintoma, essas questões normalmente são debatidas antes da criança iniciar às aulas. Se não tiver enfermaria, deve liga para o pais imediatamente”, orienta o médico.

Lavar as mãos

Hugo Leonardo, Médico pediatra (Foto: Arquivo pessoal)

Sobre os cuidados em relação a transmissibilidade do vírus, o pediatra conta que é preciso incentivar as crianças a lavarem as mãos, além das medidas que devem ser tomadas pela própria escola.

“Os cuidados são os mesmos que a gente tem que ter independente de pandemia. Lavar as mãos corretamente isso é fundamental. Algumas crianças tem o hábito de está coçando o nariz, com a mão na boca. A higienizaçã0o das mãos já previne muita transmissão do vírus. Já as escolas, devem sempre ter a dispensa de álcool gel ali diante das crianças, orientar o uso para quando for necessário, assim como o uso correto da máscara”, afirma.

Além disso, estratégias para evitar aglomeração na hora da recreação são necessárias, como por exemplo o rodízio de turmas. “A escola tem que ter um pouquinho de distanciamento, porque as vezes você não consegue ter o controle de várias salas ao mesmo tempo em um mesmo espaço de recreação.  Então, criar estratégias de isolamento, por exemplo, definir os horários em que cada turma irá brincar e lanchar, isso já melhora um pouco a questão da aglomeração.  Na hora de sentar a mesa ter o maior cuidado para que mantenha esse distanciamento, orientar as crianças. Porque as crianças de 5 a 11 anos já tem discernimento, já tem uma cognição muito boa para discernir e quanto mais você orientar, quanto mais você conversar, elas conseguem levar adiante a orientação”, explica o médico.

Orientação sobre a vacinação

Sobre a vacinação na faixa etária de 5 a 11 anos, Hugo Leonardo admite ainda que é normal haver reação, por isso tanto os pais quantos os professores devem prestar atenção no comportamento daquela criança que acabou de tomar a vacina.

“Então, como qualquer uma outra vacina em criança, pode dá reação. As principais reações dessa vacina serão dor e febre. Caso a criança tenha febre, a mãe pode medicar com antitérmico, conforme o pediatra que acompanha a criança prescreveu, bem como caso ela tenha dor. Então, após medicar ela observa. As crianças nessa faixa etária tendem a ficar quietas quando sentem dor, não brincar, não querer assistir, ficam mais reservadas, o que já são sinais para prestar atenção”, conta o médico pediatra.

“Independente de qualquer patologia que a criança tenha, independe de qualquer coisa, vacinação é quase que obrigatório. A gente deve orientar as mães vacinarem seus filhos contra a covid-19. E a gente precisa defender e estimular a vacinação, não só para a covid, mas para todas as doenças que são imunopreveníveis”, reforça.

Por Luana Maria e Verlane Estácio

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