Campinas, SP, 12 (AFI) – A situação do Guarani é a pior de todos os tempos. O presidente Leonel Martins Almeida de Oliveira, que fez todo o tipo de pressão para assumir o clube, inclusive brigando judicialmente, não está conseguindo viabilizar nem mesmo dinheiro para a comida dos jogadores.
Esta semana alguns jogadores evitaram comer no clube pois havia frango estragado e não existe dinheiro para a compra de complemento alimentar, o que é básico em qualquer equipe de futebol.
Sem dinheiro e com necessidade de alimentação, os jogadores do Guarani passaram a pedir apoio a amigos para fazer suas refeições e estão até mesmo pegando dinheiro emprestado para comprar lanches.
No sábado, após a derrota para o América-RN, que praticamente rebaixou o Guarani para a Série C, não havia refeição para os jogadores.
Despejados de hotel
Para piorar a situação, o flat onde o Guarani mantém seus jogadores, localizado nas proximidades do estádio Brinco de Ouro, resolveu despejar todos os atletas que ali residiam por falta de pagamento, como Túlio, Odair e Adhemar, além de André Conceição que já havia deixado o hotel anteriormente.
Adhemar e Odair, que estavam em Campinas com suas esposas e que não receberam ainda nenhum salário do time bugrino, ficaram sem saber o que fazer. Resultado, Adhemar teve que ficar fora do jogo contra o Ceará para despachar sua esposa, grávida de três meses, para Recife-PE e, abalado psicologicamente, acabou sendo expulso na derrota contra o América Potiguar.
Sem opção, os jogadores estão no alojamento do estádio Brinco de Ouro.
Mudanças no futebol desnecessárias
O atual presidente Leonel Martins de Oliveira e sua camarilha pegaram o Guarani em situação péssima, com inúmeras dívidas e sem credibilidade. Em contrapartida o time vinha bem no Campeonato Brasileiro lutando pelo acesso.
Mas após assumir o clube, a atual direção simplesmente mudou toda a mentalidade existente, despedindo o treinador Waguinho Dias e dispensando jogadores que poderiam ser úteis. Atletas ligados a empresários que tinham relação de amizade com antigos dirigentes também foram obrigados a deixar o clube.
Além de tudo isto, a camarilha de Leonel fez contratações ridículas, sem qualquer critério, aumentando as dívidas do clube.
Um furacão de problemas
Além de demonstrar completo desconhecimento no futebol, a turma de Leonel Martins não viabilizou nenhum recurso financeiro e também não pagou das dívidas anteriores e, na emergência, passou a utilizar do mesmo expediente da diretoria anterior, ou seja, indo buscar dinheiro da empresa Furacão e dando em troca direitos federativos de jogadores revelados nas categorias de base do clube.
Nem mesmo os acordos judiciais estão sendo honrados pela atual diretoria bugrina e a partida contra o Brasiliense-DF somente aconteceu porque a Furacão pagou a conta de luz que seria cortada no dia do jogo.
Curiosamente, José Carlos Sícolli, atual vice-presidente de Leonel, durante a gestão de Lourencetti, fazia críticas pesadas a este tido de atitude, chegando a insinuar que o dinheiro da Furacão não era lícito.
Sícolli na temporada passada também fez parte do Conselho Gestor, que administrou o futebol bugrino por alguns meses, deixando o time em último lugar no Campeonato Brasileiro da Série B em 2005. Após a saída de Sícolli e do Conselho Gestor, o time se acertou e classificou-se para a segunda fase.
Quando da disputa para assumir a presidência, Leonel Martins montou sua chapa com Sícolli como vice e na outra vice presidência entrou “Carlão da Chico Modas”, que tinha como objetivo levantar recursos financeiros para o clube. Mas, sem apoio do família, “Carlão da Chico Modas” simplesmente abandonou o Guarani, não cumprindo os compromissos com seus colegas de diretoria.
(Agência Futebol Interior)
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