Violência no Batistão preocupa autoridades e afasta torcedores

Batistão vazio / Foto: Jorge Henrique
Quem foi ao Estádio Lourival Batista, o Batistão, na tarde de domingo, 13, se deparou com uma onda de violência que vem crescendo nos jogos do Campeonato Sergipano. O vandalismo, as brigas e demais infrações aumentam quando se trata de uma partida que envolve Sergipe e Confiança, maiores clubes do Estado, fazendo com que um saudável jogo torne-se confronto de torcidas.

Assíduo frequentador do campeonato

, Alexandre Guimarães esteve ontem no Batistão e afirmou que a situação está ficando cada vez mais crítica. “A maioria das brigas ocorre do lado de fora, mas dentro do estádio a polícia também tem trabalho. Em um momento, a torcida jovem do Confiança foi toda revistada pela polícia. A violência vem crescendo e a gente vê o Ministério Público calado quanto a isso”, disse.

Polícia Militar

Major Rollemberg
O comandante da Tropa de Choque da Polícia Militar, Major Carlos Rollemberg, falou ao Portal Infonet que o problema da violência nos estádios não está no efetivo policial. “Trabalharam 200 homens da PM no jogo de ontem, e a polícia cumpriu o dever dela, evitando assaltos, apreendendo crack, pistolões e controlando brigas. Mas o problema das torcidas organizadas vai além da intervenção policial”, falou.

Rollemberg ressaltou o anonimato dos torcedores como fator que dificulta a ação policial nos confrontos de torcida. “Muitos deles não vão mais ao estádio com camisa que identifique. Acho que está na hora do governo tomar uma atitude como o Governo de Pernambuco tomou, criando o Juizado Especial do Torcedor, exatamente para resolver problemas desta natureza”, comenta.

A presença maciça de adolescentes nestas torcidas também preocupa o major. “São menores de idade embriagados, se envolvendo em brigas e confusões. Onde está o Juizado da Infância nessa hora?”, questiona.

Contradição

O major reclama que os portões do Batistão são abertos sem a presença policial, mas o vice-presidente de comunicação da federação Sergipana de Futebol, Custódio Santana, falou que a polícia chega depois do horário marcado para as partidas.

Desempolgado com a onda de violência nos estádios, o torcedor do Confiança, Rafael Valença, tomou uma decisão. “Não vou mais aos jogos do campeonato enquanto essa bagunça continuar”.

Por Glauco Vinícius e Raquel Almeida

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