A diferença é que o congênere mexicano chegava à presidência, enquanto que o PMDB, sem nomes de projeção nacional, pega carona nos outros partidos para chegar ao poder. Foi assim nos governos democraticamente eleitos de Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Lula. No governo Lula, o PMDB tem seis importantes ministérios: Agricultura, Comunicações, Defesa, Integração Nacional, Minas e Energia e Saúde. Estimativas conservadoras apontam em R$ 220 bilhões de reais o naco do orçamento federal “administrado” por figuras do partido. Com efeito, o PMDB comanda a geração e transmissão de energia elétrica, a política de abastecimento de alimentos, investimentos de bancos estatais e os sistemas de comunicações, seja via telefônica, seja por cartas. Tem também influência sobre a fiscalização de estradas federais, sobre a escolha de projetos de habitação e da malha ferroviária e ainda sobre a regulação dos serviços de combustíveis, de telecomunicações e transportes aquaviários. E o que é mais importante: continuará no poder seja lá quem for o próximo (ou a próxima) presidente da República, em face da tal governabilidade imposta pelo arcaico sistema presidencialista brasileiro. Por Ivan Valença
Ninguém tem mais dúvidas da extraordinária força do PMDB na política brasileira. Lembra o velho Partido Revolucionário Institucional (PRI) mexicano, incrustado no poder por décadas a fio, institucionalmente corrupto, fisiológico, sem projeto nacional e comandado por conhecidos caciques regionais do nível de Jader Barbalho, Renan Calheiros e José Sarney (sic). José Sarney/Foto: Agência Brasil
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