Ana Lúcia revela ter sofrido ameaça de morte

Ana Lúcia revelou que está sendo ameaçada de morte (Fotos: Portal Infonet)
A deputada estadual Ana Lúcia (PT) denunciou em pronunciamento no parlatório da Assembléia Legislativa na manhã desta quarta-feira, 2, que está sofrendo ameaças de morte. Segundo a deputada as ameaças contra ela e mais oito pessoas tiveram origem por conta da militância a favor das comunidades quilombolas da região do baixo São Francisco.

Ana Lúcia não revelou as demais pessoas ameaças e limitou-se a dizer que eram lideranças de quatro cidades do interior e funcionários públicos do Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra).

De acordo com a parlamentar, o Ministério Público Federal (MPF) e a Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP) foram informados do imbróglio. A deputada afirmou que entre as pessoas que fizeram a ameaça estão proprietários de terra, gestores públicos e operadores do Direito.

A deputada disse que as ameaças partiram de proprietários de terra

 

“Os conflitos da luta quilombola ficaram mais acirrados a partir do ano passado. Então nessa região do baixo São Francisco que tem a luta quilombola, é uma região com muitas ameaças. O Governo Federal através do Patrimônio da União por meio do Incra comprovaram que o município de Brejo Grande é uma cidade em que quase 80% do município é de patrimônio da união. Isso começou a acirrar os ânimos naquela região e nós começamos a nos preocupar com o que estava acontecendo e vimos que tinha uma frente de proprietários de terra, mas também de operadores do Direito e de gestores, no sentido das ameaças para as lideranças e também agora para mim”, revela.

Ana Lúcia disse ainda que as ameaças foram feitas em uma reunião de proprietários de terra. “Algumas pessoas envolvidas nas frentes dos donos de terra ouviram em reuniões dizer que a deputada Ana Lúcia é um alvo muito fácil porque ela compra muitas brigas em defesa dos trabalhadores, portanto ela pode ser alvo de vários inimigos. A eliminação pode acontecer e ninguém nunca vai descobrir quem foi o mandante”, conta.

Ainda segundo a deputada estadual, o fato mudou sua rotina. “Estou com proteção do Estado. São quatro municípios com lideranças populares ameaçadas, além de funcionários públicos principalmente do Incra e a minha pessoa. O caso já é de conhecimento principalmente do Ministério Público Federal, inclusive ontem tive que ir junto com agentes da Polícia Federal para a entrega da fazenda, a segunda aos quilombolas de Brejo Grande”, fala.

A parlamentar sergipana disse também que no momento em que soube das ameaças sentiu a necessidade de pedir apoio não apenas dos governos estadual e federal, como também da sociedade civil. “Depois dessa organização, do apoio e apuração que está acontecendo, enquanto parlamentar resolvi utilizar o instrumento maior do parlamento que é a fala, a tribuna”, reforça.

Por Bruno Antunes

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