Cartão corporativo: Heleno processará quem o vinculou a homem preso

Pastor Heleno e Cícero Dantas: indignação (Foto: Portal Infonet)

Nesta segunda-feira, 10, o pastor Heleno Silva (PRB), ex-prefeito de Canindé do São Francisco, que disputa o Senado na chapa majoritária encabeçada pelo senador Eduardo Amorim (PSDB) pelo comando do Governo do Estado, concedeu entrevista coletiva para esclarecer que nunca teve vínculo com Gladyson de Oliveira Costa, preso em flagrante acusado de tentar usar um cartão corporativo do Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS) para abastecer um veículo privado em um posto de combustível. Na coletiva, o pastor Heleno Silva reconhece que o suspeito é sobrinho de um homem que trabalhou para o seu agrupamento político, inclusive exercendo cargo comissionado no ITPS de onde foi exonerado no final do mês de junho.

Heleno Silva demonstrou indignação com os episódios, que o vinculam a Gladyson. “Não sei como meu nome foi parar nisso, nessa história mal contada. Houve tentativa de colocar meu nome como candidato neste processo”, destaca o pastor Heleno. O candidato destaca que Gladyson não tentou usar o cartão corporativo, conforme destacado no processo judicial, que tramita na 2ª Vara Criminal de Aracaju. Apesar de destacado o flagrante como peculato, crime praticado contra a administração em geral, o pastor Heleno revela que o rapaz foi alvo de uma abordagem policial suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas. “Ele não tentou usar o cartão [corporativo], o menino foi preso porque a polícia deu um baculejo e, neste baculejo, encontrou este suposto cartão no meio da bagunça e ele disse que iria ligar para o tio dele, que tinha trabalhado comigo há um tempo atrás”, destacou o pastor Heleno Silva.

Outros processos

O advogado Cícero Dantas, que defende os interesses do pastor Heleno Silva, classificou como drástica e lamentável a situação que envolve a acusação contra Gladyson e uma suposta tentativa de se vincular uma relação do suspeito com candidato pelo fato do tio dele ter trabalhado no ITPS por indicação do agrupamento político liderado por Heleno Silva. O advogado esclarece que está acompanhando os desdobramentos da investigação. “E, de antemão, já verificamos uma incongruência nos depoimentos”, destaca. “É de se estranhar e de chamar a atenção uma abordagem policial a dois jovens que estão abastecendo o veículo em um posto de combustível. Procuramos entender o porquê desta abordagem específica”, destacou, assegurando que o “suposto cartão”, teria sido encontrado no carro nesta abordagem e que o acusado preso no momento não mencionou o pastor Heleno.

O advogado pretende ingressar com representação junto a Agências Reguladoras que disciplinam a concessão de serviços públicos e outras ações judiciais, mas ainda não definiu o alvo destes processos judiciais que ele pretende mover. O advogado diz que vai confeccionar uma escritura pública de declaração do rapaz [o preso], com produção antecipada de prova para “trazer a realidade fática sem trazer suposições ou deduções” em torno do episódio que culminou com a prisão em flagrante de Gladyson Costa.

A suposta tentativa de uso deste cartão em posto de combustível está sendo investigado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), que só se manifestará quando o inquérito for concluído pelo Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap).

por Cássia Santana

 

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