Corrente do PT tenta impedir apoio a Belivaldo

Eliane Aquino é cogitada como vice-governadora de Belivaldo, e diz que união é 'consenso' no PT (Foto: Portal Infonet)

O Partido dos Trabalhadores (PT) vive um momento conturbado internamente, por conta da divisão, dentro da sigla, acerca do apoio ao governador Belivaldo Chagas (PSD) nestas eleições. Correntes internas defendem o lançamento de uma chapa exclusivamente petista, e uma aliança com o grupamento que está à frente do Governo do Estado é vista com maus olhos por parte dos correligionários.

Na manhã desta segunda-feira, 21, a vice-prefeita de Aracaju, Eliane Aquino (PT), que é especulada como pré-candidata a vice-governadora na chapa de situação, afirmou que a união já é tida como certa dentro do partido. “Pela relação de amizade que eu e Belivaldo temos, nós vamos ser sempre preferidos um do outro. Quero deixá-lo completamente à vontade, acho que é uma decisão que não é fácil e rápida de ser tomada. Então, tudo tem o seu momento. O tempo quem vai dizer. Ainda estamos em negociação. Vamos estar na chapa com Belivaldo, isso já é consenso. Temos candidato a senador, a deputados estaduais, federais. Queremos fazer parte do processo para que seja tomada a melhor decisão para o Estado”.

Rubens Marques, membro do partido, se colocou à disposição para disputar o Governo do Estado, por discordar da junção. “Quando digo que o PT deve ter candidatura própria, naturalmente você deve se colocar à disposição. Pus o meu nome porque a gente entende que o PT não ganha nada politicamente ao apoiar candidaturas surradas e que não têm nada a oferecer”.

Rubens Marques é de corrente que tentará impedir aliança com Belivaldo Chagas (Foto: Arquivo Infonet)

Esta corrente irá buscar meios para impedir a integração do PT com a chapa majoritária de situação. Segundo Marques, o estatuto determina que, em situações divergência na prática eleitoral, seja feito um plebiscito entre os filiados. É preciso, no mínimo, de 940 assinaturas para que a ficha seja protocolada e o processo aconteça.

“O grupo hoje que dirige o PT tem que entender que eles não mandam. PT é diferente. Se quiserem apoiar Belivaldo, tem que ser no voto. Jackson, na última eleição, pôs o ‘chapão’. O resultado foi que o PT faria quatro deputados estaduais, mas por causa da aliança, só fez um. É bom lembrar que Gualberto só entrou por causa do mandato de Sukita, que foi cassado. Para federal, o mesmo: tivemos voto para fazer dois, e ainda sobrava, mas só elegemos João Daniel. É irracional. Como vamos deixar de lançar candidaturas sozinhos?”, reclamou.

Outro ponto crucial, na visão de Marques, é a posição de Belivaldo e seu grupamento em relação à prisão do ex-presidente Lula. “A candidatura de ninguém é mais importante que defender Lula presidente. Em vez disso, o PT discute alianças com gente que não tem compromisso com Lula. Vão subir no palanque com golpistas. Estou tentando preservar o PT de um vexame. Se eles não respeitarem as instâncias do partido, vamos recorrer em âmbito nacional. Se tiver o plebiscito e a gente tiver maioria dizendo que quer candidatura própria, eles serão obrigados. O que eles não querem é que aconteça, porque aí teremos direito de registrar a chapa. A não ser que a direção nacional faça coro com eles, o que acho improvável”.

Por Victor Siqueira

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