Déda anuncia aumento no Palácio de Veraneio
“O diálogo fluiu. Quando se trouxe o feito à ordem, o processo chegou a uma solução”. Foi o que afirmou o governador Marcelo Déda (PT), ao anunciar no início da noite desta segunda-feira, 29, o reajuste médio de 24% em maio de 2009 e de quase 80% escalonado. Representantes das Associações Unidas dos Oficiais Militares só comentarão o reajuste na tarde desta terça, 30, após assembléia com toda a categoria.
Com o novo aumento para policiais militares e bombeiros, um coronel que recebe R$ 9.539, 71 passará a ganhar R$ 12.401.62 em dezembro de 2010. Um tenente coronel ganhará em dezembro de 2010, R$ 10.784,02; Um major, R$ 9.885,35, um capitão, R$ 8.599.70, 1º tenente, R$ 7.166, 41, 2º tenente, R$ 5.733. Um aspirante, R$ 5.512, um subtenente, R$ 4.793, 1º sargento, R$ 4.565, 2º, R$ 4.004 e 3º sargento, R$ 3.512, 87. Um cabo rceberá R$ 3.193, 52 e soldado 1ª classe, R$ 3.012, 75. soldado engajado, R$ 2.925 e não engajado, R$ 2.437.
A nova proposta de reajuste dos militares será encaminhada ainda esta semana para a Assembléia Legislativa e os deputados deverão estar votando, sem custo extra, como fez questão de ressaltar o governador, provavelmente a partir de 15 de julho. “O reajuste será aplicado aos salários de Abril. Em julho, os militares receberão o reajuste de julho, mais a diferença de maio e junho”, explica.
Serão incorporadas ao soldo a Gratificação de Compensação por Serviço Externo (Gracoex) e a Gratificação de Atividade Militar (Gam). Os militares da reserva que não recebiam a Gracoex, passarão a receber os respectivos valores, tendo sido reestruturados os escalonamentos verticais. “Eu não tenho dúvidas de que é o melhor reajuste do Nordeste, sendo a primeira parcela de 24% agora e o restante, escalonado”, acredita Marcelo Déda.
Na ocasião, o governador destacou que no final, estará assegurado um acréscimo médio de 80% para os praças e oficiais intermediários e de 40% para os oficiais superiores, sem considerar os triênios. Com os triênios, o acréscimo médio passa para 92%, com variação entre 64% (oficiais superiores) até 110% nas demais graduações. “A folha de abril de 2009 foi de R$ 22.192.253 e a folha de dezembro de 2010, será de R$ 43.668.748, em um acréscimo R$ 21.476.494”, ressalta acrescentando que a folha vai praticamente duplicar. Deda: “É o melhor reajuste do Nordeste”
Reuniões
O governador disse ter passado toda a manhã desta segunda-feira, 29 reunido em sua residência com o secretário da Fazenda, João Andrade, para discutir a nova proposta de reajuste. “Trouxemos a nova tabela para mais uma reunião agora à tarde, desta vez com o comandante da PM, coronel Pedroso, com o secretário João Eloy e os secretários de Administração, Jorge Alberto e da Fazenda, João Andrade. Não impus nenhuma restrição ao coronel Pedroso, que reuniu a sua tropa com muita lealdade e segurança na tarefa do diálogo. Foi um processo de diálogo construído ao longo de 30 dias sempre levando em conta as limitações da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e finalizado hoje”, enfatiza Déda.
Compromissos
Durante a coletiva, Déda disse ainda que “como governador, não posso permitir que o estado assuma compromisso que fique impossibilitado de cumprir ou seja obrigado a fazer demissões porque não cumpriu a Lei de Responsabilidade Fiscal. No Brasil moderno, quem quiser servir aos servidores tem que ter a régua e compasso da LRF”, afirma.
Marcelo Déda cobrou ao final da coletiva, uma nova Polícia Militar. “Esperamos uma Polícia Militar mais eficiente, disciplinada com hierarquia para recuperar o seu prestígio junto a população. Essa é a contrapartida que o Governo tem de cobrar”, entende.
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Déda anunciou também que em agosto estará deflagrando o processo de discussão em torno da Lei de Organização Básica da Polícia Militar de Sergipe. “Ela fixa o efetivo, organiza, ou seja, vamos ter como saber por exemplo, quantos coronéis existem na corporação”, garante.
“Vamos editar o Código de Ética e Disciplinar da PM. Não vamos mais usar o regulamento do Exército. Isso num patamar de respeito à sociedade”.
Comando
Para o comandante da Polícia Militar de Sergipe, coronel José Carlos Pedroso, o reajuste “atende aos anseios da corporação e os limites do Governo, quanto à Lei de Responsabilidade Fiscal”.
Por Aldaci de Souza
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