Evangélicos e católicos se unem contra a corrupção

Bandeiras e cânticos religiosos movimentam centro de Aracaju (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

Evangélicos e católicos se uniram neste sábado, 3, em um grito uníssono pela paz e em protesto à instabilidade política do país, contra a corrupção e em defesa da vida, disseminando mensagens contra o aborto e contra o clima de insegurança que tem colocado Aracaju no topo do ranking da violência do país. A ‘Caminhada pela Paz’ reuniu centenas de fiéis que seguiram em passeata entre a Praça da Bandeira e o Centro de Aracaju na tarde deste sábado.

Apesar do pouco movimento, bem comum nas tardes de sábados na área central da capital sergipana, as principais ruas foram tomadas por bandeiras, cartazes e símbolos inerentes ao cristianismo, com músicas religiosas e palavras de ordem tendo a ‘palavra de Deus’ como carro chefe.

D. João José Costa, arcebispo de Aracaju [o representante da Igreja Católica], destacou os reflexos da intolerância entre os povos e chamou a atenção da população para projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional e até em processos judiciais no Supremo Tribunal Federal (STF) que contrariam os interesses da fé cristã, segundo enfatizou. Ele se refere às matérias legislativas relacionadas à liberação do aborto, destacando que os seres humanos são privados de interromper a vida. “A vida é um dom de Deus”, enfatizou.

Manifestante exibe cartaz com pedido de paz Católicos e evangélicos de mãos dadas D.João José: grito contra o aborto Pastor Valdemar: protesto contra a reforma previdenciária

O pastor Valdemar Araújo, presidente da União dos Ministros Evangélicos de Sergipe (Umese) ressaltou que o país está mergulhado em incertezas devido às altas taxas de desemprego, alto grau de corrupção, aos projetos de reforma da previdência social e aos discursos sem crédito que pregam a falência do instituto de previdência. Ingredientes, conforme destacou, que deslancham na violência. “Somos povo da fé e, ao mesmo tempo cidadãos, e a cidadania está fortemente abalada com toda esta situação de instabilidade política e de insegurança”, observou. “Não suportamos mais tantas notícias ruins, uma vergonha e decepção ver que somos liderados por pessoas que usam de artifícios para desviar os recursos do povo”, complementou.

Por Cássia Santana