Frei crê que Constituição deve ser estudada (Fotos: Portal Infonet) |
Completados 130 anos desde a abolição da escravatura no Brasil, o Ministério Público de Sergipe realizou, nesta segunda-feira, 14, um evento para discutir a data e os desafios ainda enfrentados pela comunidade negra no país. Para o procurador-geral de Justiça,
Rony Almeida, o fim da escravatura ficou apenas no papel.“De fato não aconteceu. O negro ainda é renegado a situações absurdas, de quinto plano, e nós precisamos discutir meios, planos para que essa situação seja resolvida de uma vez por todas”, frisou. Durante o evento, promotores e convidados discutiram os caminhos para buscar o fim do preconceito racial e defenderam a inserção de disciplinas que trabalhem o conhecimento da Constituição no ensino médio.
O frei David Raimundo Santos, um dos palestrantes do seminário, elencou o sistema de cotas como essencial nesse caminho pela igualdade, mas lamentou por Sergipe estar atrás de outros estados se tratando do assunto. “No Rio Grande do Sul, em que a população negra é bem menor, há 15% de cota para negros em concursos. Sergipe, em que cerca de 60% da população é negra, há apenas 10% de cota. Eu espero muito que esse percentual seja revisto pelo Governo”, entende o frei.
Rony: abolição ficou apenas no papel |
Mas, para David, há um cenário de esperanças para os próximos anos. “Eu acredito que, apesar da crise, quando você se organiza, você deve aproveitar as brechas para fazer a mudança acontecer. A exclusão é grave, então por isso todos precisam botar a mão nessa causa. Caso contrário, teremos um país de mais negros pobres e brancos ricos”, concluiu.
Por Ícaro Novaes
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