Antôgio Rogério relata que Alese é a única no país que não realizou concurso (Fotos: Portal Infonet)

O Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Sindalese) solicitam a realização de concurso na Assembleia Legislativa (Alese), além da implementação do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV). A alegação é que o plano está em vigor desde junho de 1990 e não atende a realidade dos servidores. Com relação ao concurso, os servidores dizem que daqui a 10 anos, se não for realizado, não haverá mais efetivos na Assembleia.

Segundo o sindicato, atualmente existem cerca de 390 servidores efetivos e mais de 1.470 comissionados. “A tendência é que daqui a 10 anos muitos funcionários tenham condições de se aposentar, e os cargos vagos precisam ser ocupados através de concurso”, relata Dênio Bomfim, secretário geral do Sindalese, que ainda completa: “a desproporção entre o número de efetivos e comissionados está absurda”.

O presidente do sindicato, Antônio Geraldo da Silva, relata que o mais novo funcionário da Alese tem 27 anos de casa e que a Assembleia Legislativa de Sergipe é a única no Brasil que ainda não teve concurso. Ele pede que a Alese, que aprova os concursos e os planos de outros poderes, também valorize os funcionários da própria casa.

Rui Fonseca conta que planos não foram implementados

Com relação ao PCCV, o vice-presidente do Sindalese, Rui Fonseca, conta que em 2005 e 2008 foram elaborados planos de cargo e salários pelos presidentes Antônio Passos e Ulices Andrade, porém a justificativa para não implementá-los foi a lei de responsabilidade fiscal.

Alese

A assessoria de comunicação da Alese informa que o presidente em exercício, Zé Franco, não foi procurado pelo Sindicato, mas assim que tomou conhecimento da situação, agendou uma reunião com os servidores para a próxima segunda-feira, dia 1º de setembro, no turno da tarde, no gabinete do presidente.

*A matéria foi alterada às 17h20 do dia 29 para acréscimo da nota da Alese

Por Monique Garcez