Governador em exercício chora ao falar de Déda

Jackson evita falar sobre sucessão (Foto: Cássia Santana/Portal Infonet)

Na manhã desta segunda-feira, 2, o governador em exercício Jackson Barreto (PMDB) manteve contato com a família do governador Marcelo Déda e conversou ao telefone com a viúva Eliane Aquino, que ainda se encontra em São Paulo adotando as providências para o traslado do corpo do governador sergipano.

Na conversa, o governador em exercício se colocou à disposição para atender aos desejos manifestados por Déda antes de morrer e também o desejo de toda a família do governador. Em entrevista concedida no início da manhã, Jackson não escondeu a emoção e evitou falar sobre o processo sucessório.

Sem controlar o choro, Jackson se limitou a dizer que estaria disposto apenas a falar sobre a dor que o domina, decorrente da perda do “grande amigo” Marcelo Déda e fez questão de destacar o compromisso ético e a honestidade que nortearam a trajetória política e da cidadania do governador. “Em termos de ética e honestidade, Marcelo Déda é um exemplo para o nosso país. O grande patrimônio e legado que ele deixa para a família e para os amigos é o patrimônio da honradez, da dignidade e da ética na vida pública”, considerou Barreto.

O governador em exercício Jackson Barreto lembrou da militância do governador Marcelo Déda frente ao movimento estudantil e início da carreira profissional enquanto advogado e liderança política, entre as décadas de 1970 e 1980, da participação ativa na campanha pelas eleições diretas para escolha de presidente da República, movimento que se tornou conhecido como ‘Diretas Já’, até o destaque enquanto parlamentar no Congresso Nacional. “Uma trajetória que honra a vida pública de Sergipe. Por onde ele passou, honrou a terra de Tobias Barreto, de Sílvio Romero, de Gumersindo Bessa, como um dos maiores tribunos do país, como o homem que marcou a vida de Sergipe e engrandeceu os sergipanos”, considerou.

Jackson com Déda em encontro no Palácio (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Jackson observa que teve uma convivência longa, de compreensão e formação política, apesar dos embates em algumas situações em que os dois ocuparam diferentes palanques na história política sergipana. O governador em exercício destaca Déda como uma grande personalidade, que influenciou diferentes gerações. “A mensagem que ele [Déda] deixa ao povo sergipano é a mensagem da honradez, da dignidade e da ética, que sempre norteou o caminho, a vida pública e a sua atuação, a sua vibração e inteligência privilegiada que encantava o povo brasileiro”, considerou.

Para Jackson, Sergipe teve “um governador jovem, brilhante, inteligente, um homem que poderia estar hoje na Academia Brasileira de Letras, um homem de cultura e honradez inigualáveis, com formação cultural e a ética na forma de administrar zelando pelos interesses dos recursos públicos”.

Jackson deixa claro que o espírito da decência ética e honradez deve servir de exemplo para gerações futuras. “Espero que tudo isto sirva como exemplo para as novas gerações porque amanhã já não será mais Déda, poderá não ser mais Jackson Barreto, poderá não ser mais nenhum daqueles que estão hoje na participação da vida pública de Sergipe. Serão as novas gerações e estas novas gerações haverão de repetir este exemplo”, observou. 

Por Cássia Santana

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