Centrais Sindicais e grupos religiosos participaram nesta quinta-feira, 7, da 29ª edição do Grito dos Excluídos em Aracaju. Com o tema ‘Você tem fome e sede de quê?’, os manifestantes desfilaram pela Avenida Barão de Maruim levando as bandeiras de luta do movimento.
Com cartaz nas mãos, moradores de algumas ocupações também protestaram contra a falta de moradia.
Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), o 29º Grito dos Excluídos pretende refletir e buscar ações que solucionem a fome e a falta de água em todo o país.
“O Grito dos excluídos e excluídas foi muito forte. Sentimos a vontade da esquerda sergipana em gritar por políticas de educação, saúde, habitação, reforma agrária, contra privatização, por valorização dos trabalhadores e defesa da população em situação de rua. Estamos todos e todas de parabéns pela construção deste grande ato”, declarou, Roberto Silva, presidente da CUT Sergipe.
Iraci Mendonça é moradora do Acampamento Emília Maria MST, localizado no município de São Cristóvão, e que possui atualmente 250 famílias.
Ela falou sobre a luta das mulheres do acampamento em busca de melhorias. “Nós somos excluídas principalmente no mercado de trabalho que não tem oportunidade para as mães, pra gente que já está com a maioridade, não existe emprego no mercado, e nem tão pouco para as mais novas que não tem onde deixar as crianças para ir trabalhar. Tem muita exclusão. No acampamento onde nós vivemos não chega recursos financeiros para que a gente tenha uma boa alimentação. Médico já tem, igreja tem, mas não temos energia, água, somos bastante excluídos”, lamenta.
por Aisla Vasconcelos
com informações da CUT/SE
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