O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Francisco Gualberto (PT), voltou a fazer a defesa da Petrobras diante dos ataques orquestrados pelo deputado Augusto Bezerra (DEM). Na sessão da última terça-feira, 23, Gualberto esclareceu que a empresa sempre manteve verba de patrocínio para cumprir o papel social. A questão, segundo ele, é que até 2003 muito pouca coisa vinha para o Nordeste, principalmente para Sergipe.
“O cenário só mudou com a chegada de Lula ao governo e consequentemente com a indicação de José Eduardo Dutra para a presidência da estatal”, afirmou. “É por isso que as aves de rapina ficam fazendo discurso de beija-flor, papagaio, calango e entidades para culpar a Petrobras”, disse, enfatizando que não existe mau uso do dinheiro da empresa disponibilizado para diversos patrocínios em Sergipe.
De acordo com Gualberto, assim como os deputados disponibilizam verba de subvenção para entidades sociais em Sergipe, que precisam prestar contas dos gastos, a Petrobras também ajuda instituições semelhantes que não podem fugir à regra da prestação de contas. “Não se trata de uma empresa qualquer, pois é de economia mista e essas decisões passam por um conselho deliberativo com representantes dos acionistas, inclusive do setor privado”, frisou.
“Portanto, só os lesa-pátria é que tentam colocar na cabeça da sociedade que a Petrobras está cometendo equívocos. Prova disso é que as intenções da CPI no Senado são tão imorais que nem o DEM se entende com o PSDB para a instalação. O que eles querem é fazer futricas’, acusou o líder do governo, ex-petroleiro e defensor intransigente da estatal brasileira.
Na tribuna, o deputado apresentou uma lista com 28 entidades sergipanas que foram beneficiadas com recursos da Petrobras em 2009. Entre elas, o Instituto Recriando, Lar Infantil Cristo Redentor, Casa Santa Zita, Instituto Ser e Agir, Lira Nossa Senhora da Purificação, Clube de Mães de Japaratuba, Centro de Atendimento Infanto-Juvenil de Itabaiana, Obras Social São José, além de diversas associações de moradores em vários municípios sergipanos.
Eleições
Quanto à possibilidade de o PSDB voltar ao poder no país, segundo Gualberto isso significaria o fim da Petrobras enquanto empresa estatal. “A empresa tem sido atacada aqui na Assembleia de forma vil e tendenciosa por setores que não conseguiram privatizar a empresa em 1995 e até hoje nutrem a esperança de entregá-la totalmente ao capital internacional”, disse. “E aqui temos apenas uma filial daquilo que acontecesse nos grandes centros deste país”.
O deputado petista lembra ainda que o governo do PSDB e DEM conseguiu quebrar o monopólio estatal do petróleo, mas não conseguiu privatizar a empresa. “Por isso a agonia de tantas denúncias infundadas tentando atacar a Petrobras”, sustenta Gualberto, enfatizando que antes do governo Lula, havia uma programação de transferência de vários setores da Petrobras de Sergipe para a Bahia. “Para se ter uma idéia, quando Lula assumiu o governo, a Petrobras não comprava nada em Sergipe. Os poços terrestres não tinham investimentos para serem explorados e estavam todos lacrados em Carmópolis e outras regiões”.
Já no governo Lula aconteceram investimentos milionários na plataforma marítima de Piranema, entre outros. “Quando foi anunciado o investimento em Piranema, um deputado do DEM daqui disse que se saísse uma gota de petróleo dali ele beberia, pois aquilo era uma balela. Resultado: quando Piranema entrou em operação, com a primeira extração de petróleo, eu trouxe um litro do óleo e perguntei se alguém ainda desejaria beber. Mas ninguém se manifestou”, disse.
Fonte: Assessoria parlamentar
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