A delegada Danielle Garcia, da Polícia Civil de Sergipe, que está cedida ao Ministério da Justiça por indicação do ex-juiz Sérgio Moro, será convocada pelo juízo da 3ª Vara Criminal para prestar depoimento sobre as investigações da Operação Indenizar-SE que culminou com o indiciamento de ex-vereadores, advogados e empresários de Aracaju, acusados de articular um suposto esquema para desviar recursos públicos decorrentes das verbas indenizatórias distribuídas pela Câmara Municipal de Aracaju aos parlamentes para custeio de despesas de gabinete.
O juízo ouviria o depoimento da delegada nesta terça-feira, 23, mas a audiência de instrução e julgamento marcada para a oitiva de outras testemunhas arroladas pelo Ministério Publico Estadual acabou adiada por solicitação do advogado de um dos acusados em função de compromisso profissional previamente marcado. O juiz concedeu o pedido e a audiência foi remarcada.
O advogado Antonio Correia Matos, que atua na defesa, acredita que a delegada, por se encontrar trabalhando em Brasília, será ouvida através de carta precatória a ser emitida pelo juízo da 3a Vara Criminal à justiça do Distrito Federal. Mas a carta precatória ainda não foi expedida, segundo o advogado.
A maioria dos advogados que atua na defesa dos acusados esteve no auditório do Fórum Gumersindo Bessa, mas retornaram em decorrência do adiamento da audiência. O advogado Reinaldo Salvino acredita que o processo contenha a indicação de aproximadamente 200 testemunhas, mas o número de pessoas ouvidas ainda está baixo. Para Salvino, até o momento só foi possível a oitiva de aproximadamente dez testemunhas naquela Vara Criminal.
O advogado Matheus Dantas Meira, que também está no rol dos advogados de defesa, está confiante que os clientes comprovarão a inocência. Para o advogado, os acusados não cometeram atos ilícitos quanto ao uso das verbas indenizatórias. Tudo isso, conforme observa o advogado Correia Matos, será demonstrado durante a instrução processual.
O esquema, conforme a denúncia do Ministério Público, seria articulado através de empresas lideradas pela família do advogado Alcivan Menezes. Durante a Operação Indenizar-SE, conduzida pela delegada Danielle Garcia, na época atuando na diretoria do Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap) da Polícia Civil de Sergipe, os então vereadores Tijói Evangelista [o Adelson Barreto Filho] e Agamenon Sobral chegaram a ser presos, assim como também o advogado Alcivan Menezes e os filhos.
Os acusados respondem a processo penal por peculato [crime praticado por funcionários públicos contra a administração em geral], crime contra a paz pública [quadrilha ou bando] e contra a fé pública [falsidade ideológica e uso de documento falso. Estão no rol dos réus 12 ex-vereadores, o advogado Alcivan Menezes e os filhos, além de um contador.
Conheça a relação dos acusados:
Ex-vereadores
Adriano Oliveira, o Adriano Taxista
Agamenon Sobral
Agnaldo Feitosa
Anderson Silva, o Anderson de Tuca
Daniela Fortes
Emmnuel Nascimento
Jailton Santana
Max Prejuízo
Gonzaga de Santana
José Augusto da Silva, o Augusto do Japãozinho
Renilson Félix
Roberto Morais
Tijói Barreto Evangelista, o Adelson Barreto Filho
Valdir dos Santos
Advogados
Alcivan Menezes
Alcivan Menezes Filho
Richard Leon Freitas Silveira
Outros
Pedro Ivo Santos Carvalho, empresário, sócio de Richard Leon
Robson Barreto Santos, contador
O processo tramita em segredo de justiça.
por Cassia Santana
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