Juventude é tema central no Grito dos Excluídos 2013
Concentração do Grito dos Excluídos ocorreu na praça da Catedral (Fotos: Portal Infonet)
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Movimentos sociais e Igreja se uniram para o tradicional Grito dos Excluídos durante as comemorações do feriado de 7 de setembro. A concentração aconteceu na praça da Catedral, onde uma missa solene celebrada pela Igreja Católica seguida de apresentações culturais abriram os trabalhos. O lema “Juventude que ousa lutar constrói um projeto popular” foi o foco escolhido para esta edição da manifestação.
De acordo com Edval Góes, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB/SE), as reivindicações da classe operária são a ordem do dia. “O propósito é dar voz aos excluídos, que ficam invisíveis no dia-a-dia da nossa sociedade. Queremos lembrar que essas pessoas também pagam impostos, também fazem a economia se mover. Por isso, elas também merecem ter seu grito ouvido”, ressalta.
Durante a homilia, o arcebispo de Aracaju Dom José Palmeira Lessa comentou sobre a importância da juventude no processo democrático. “O tema do Grito dos Excluídos quer mostrar que a juventude é fundamental para que os direitos da pessoa humana sejam respeitados. A juventude deve se empenhar no propósito de renovar a integridade das pessoas menos favorecidas, tantas vezes esquecidas em nosso cotidiano”, pontuou.
Erik Feitosa, representante do Levante Popular da Juventude, diz-se satisfeito com o tema do evento. “Ter a juventude como tema central é um reconhecimento de nossas lutas pelas demandas dos excluídos. Nossas principais pautas são a democratização das comunicações, o combate à violência contra a mulher e o programa Mais Médicos, do qual somos a favor”, relata.
Programação
A dinâmica definida pela organização do evento inclui a saída em marcha da praça da Catedral com destino à praça da Bandeira. O objetivo é fechar o desfile cívico-militar ocorrido na avenida Barão de Maruim. O percurso integra as ruas Santa Luzia e Maruim, seguindo pela avenida Ivo do Prado até o local da Parada. Ao final da rota, as organizações sociais e religiosas e as centrais sindicais devem se estabelecer para as palavras de encerramento.
Policiamento
Segundo o tenente-coronel Paulo Paiva, chefe da 5ª sessão de Polícia Militar, a polícia avalia que houve pequena adesão ao grito dos excluídos. Paiva afirma ainda que a polícia está preparada para conter qualquer eventualidade durante o manifesto.“Está tudo ocorrendo com tranquilidade. Cerca de 40 manifestantes estão agora na mobilização do grito. A polícia está atenta, acompanhando de perto, mas tudo está transcorrendo dentro da perfeita normalidade”, diz.
Por Nayara Arêdes e Cássia Santana