Mulheres cegas e com baixa visão debatem protagonismo e autonomia

 

O objetivo é fazer com que o grupo seja preparado para buscar protagonismo na sociedade em que está inserida (Fotos: Portal Infonet)

Mulheres cegas ou com baixa visão de todos os estados do Brasil estão reunidas em Aracaju para debater temas como representatividade social e autonomia. O objetivo é fazer com que o grupo seja preparado para buscar protagonismo na sociedade em que está inserida.

Izis tem 1% da visão e é uma das organizadoras do evento em Sergipe

A reunião faz parte do IV Encontro Brasileiro de Mulheres Cegas e com Baixa Visão (MBMC), que traz palestras e oficinas sobre temas de interesse para discussão. “Defendemos a participação política das mulheres cegas e com baixa visão, bem como sua representatividade social”, informou Izis Posener. Com cerca de 1% da visão, ela é uma das organizadoras do evento em Sergipe e prova que não há limites para pessoas com deficiências visuais. “Aqui temos mestres, doutores… Todos com algum problema visual, mas isso não nos limita”, ressaltou Izis.

Adriana integra o coral da Adevise

A participante do congresso, Adriana Aquino, associou a não limitação à autonomia com que foi criada desde criança. “Minha mãe nunca me superprotegeu e tratou como uma pessoa comum. Então eu cresci sabendo que poderia fazer o que quisesse”, disse. Adriana, que tem 15% da visão, entre outras atividades, integra o coral da Associação dos Deficientes Visual de Sergipe (Adevise) – entidade que visa a emancipação de pessoas com esse tipo de deficiência.

Lucas Aribé defende o protagonismo da mulher com deficiência visual

Quem também esteve presente no congresso foi o vereador Lucas Aribé, que destacou a importância da abordagem. “É importante que a gente debata a autonomia da mulher cega e com baixa visão, já que só pelo fato de ser mulher ela já é alvo de discriminação”, destacou o parlamentar, que é cego e defensor da acessibilidade.

O evento segue até o domingo, 19, e conta com audiodescrição, material em braile e com fonte ampliada, além de intérprete de libras.

MCMC

O MBMC foi fundado em 2014, a partir de um grupo do WhatsApp intitulado “Mulheres Cegas”. O anseio de analisar, discutir e propor alternativas aos diversos temas relevantes desse universo de mulheres foi que impulsionou a concretização desse movimento que tem como marco o encontro de mulheres cegas e com baixa visão de todo o país.

Batizado como Encontro Brasileiro de Mulheres com Deficiência Visual, o evento teve sua primeira edição em 2015, na capital do Piauí, Teresina. Em 2016 foi promovido em Recife (PE) e 2017 em Salvador (BA).

por Jéssica França

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