Vereadores de oposição não pensam em impeachment de Valmir Monteiro

Apesar de ser maioria na Câmara Municipal, os vereadores que fazem oposição ao prefeito Valmir Monteiro, de Lagarto, preferem aguardar os desdobramentos do processo judicial e não pensam em atitudes mais radicais, a exemplo de um pedido de impeachment. Acusado de envolvimento em suposto esquema para desviar recursos públicos, Valmir Monteiro está preso desde o dia 22 de fevereiro. Na semana passada, o vereador Carlos Eduardo Pereira de Santana (PR), presidente da Câmara Municipal de Vereadores, acatou o pedido e concedeu licença ao prefeito, que continua preso cumprindo mandado judicial.

Nesta quinta-feira, 7, a vice-prefeito Hilda Rollemberg Ribeiro (PRP) volta ao comando da Prefeitura de Lagarto. Ela será empossada no cargo pela manhã em sessão ordinária a realizada na Câmara Municipal de Vereadores a partir das 9h. Em novembro do ano passado, com o afastamento do prefeito Valmir Monteiro, a vice assumiu o comando da prefeitura e agora ela reassume o cargo em decorrência da prisão do titular.

O prefeito, que liderava a maioria dos vereadores, sofreu uma baixa na Câmara Municipal. De acordo com o vereador Alexsandro Carvalho Xisto (PRB), o Alex Dentinho, a oposição era formada apenas por cinco parlamentares. Mas os últimos acontecimentos, com o afastamento temporário do prefeito, em novembro do ano passado, e com a prisão dele ocorrida no mês passado, o cenário sofreu grande mudança. “Agora a oposição tem nove, contra oito da situação”, comenta Alex Dentinho.

Apesar de compor maioria, a bancada oposicionista não pensa em impeachment. Prefere, conforme o vereador Alex Dentinho, aguardar os desdobramentos do processo judicial. “Ninguém deseja aquilo pra ninguém”, diz o parlamentar, fazendo referência à prisão do prefeito.

Prisão

Acusado por envolvimento em desvio de recursos decorrente do matadouro municipal, Valmir Monteiro foi preso no dia 27 de fevereiro durante Operação Leak, desencadeada pelo Ministério Público em parceria com a Secretaria de Estado da Segurança Pública.

por Cassia Santana