PCdoB: pré-candidata dialoga com juventude para conquistar indecisos

Manuela D´Ávila: aliança com os movimentos sociais (Fotos: Portal Infonet)

A pré-candidata à Presidência do Brasil do PCdoB, Manuela D´Ávila, está em Aracaju cumprindo uma agenda política e, na manhã desta segunda-feira, 23, concedeu entrevista coletiva e falou dos projetos políticos do seu partido para tirar o Brasil da crise. Ela conversou bastante, defendeu a reforma tributária com menor carga para a classe trabalhadora, tomando como exemplo os esforços do governo maranhense que aplica taxas diferenciadas para os bens oriundos de herança, e ainda promete reformular o pacto federativo instituindo fórmulas que possam concentrar maior recursos na base e retirar os superpoderes da União no fatiamento deste bolo tributário.

Manuela e Edvaldo: parceria rumo à Presidência do Brasil

Manuela D´Ávila confessa que tentou costurar entendimentos em busca de uma unidade entre os partidos de esquerda e observa a impossibilidade diante do momento tão complexo, marcado, conforme frisou, por uma crise construída pela equipe do presidente Michel Temer (MDB) a partir do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que ela classifica como golpe de Estado.

Os aliados do PCdoB nesta caminhada rumo à Presidência da República, segundo Manuela D´Ávila, passa pelo diálogo direto com a juventude, na tentativa de acolher os indecisos, e também na construção de uma aliança com os movimentos sociais que ainda não conseguiram registro enquanto partidos políticos, citando como exemplo a Frente Favela Brasil e os Coletivos de Mulheres, que estão surgindo em todo o país.

Ela criticou os defensores do Estado mínimo e se declarou uma personalidade que trilha em sentido oposto ao deputado Jair Bolsonaro (PSB), que lidera as pesquisas de opinião pública, perdendo apenas para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está preso e aguarda, como pré-candidato do Partido dos Trabalhadores, os desdobramentos jurídicos para entrar efetivamente na disputa eleitoral. “Quando falam que eu sou o oposto do Bolsonaro, eu penso: sou mesmo porque ele é o ódio e eu sou o amor”, destaca. “Ele é aquele que defende que as pessoas se matem e eu sou aquela que defende que as pessoas podem conviver harmonicamente, com felicidade e a felicidade é materializada em ações do Estado também. Não vai ser o ódio que vai fazer o Brasil ter o protagonismo internacional”, complementa.

Recursos

Ao lado do prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB), a pré-candidata elogiou os efeitos da administração da Prefeitura de Aracaju e classificou como natural os entendimentos administrativos feitos pelo prefeito de Aracaju com o deputado federal André Moura (PSC), líder do Governo Temer no Congresso Nacional.

“O prefeito tem obrigação e se ele não se mobilizasse para buscar recursos estaria cometendo um crime contra o povo de Aracaju”, disse. “Quem é gestor público, tem obrigação de se relacionar com todos aqueles que têm obrigação de liberar dinheiro. No dia que o prefeito Edvaldo não buscar dinheiro em Brasília, com o Temer, vão ao Ministério Público e digam que ele está transformando a Prefeitura de Aracaju em sede do nosso partido”, aconselha.

Por Cassia Santana

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