A Polícia Federal já recebeu o mandado de prisão expedido pela justiça sergipana contra o ex-prefeito Manuel Messias Sukita, de Capela, condenado a 13 anos e nove meses de prisão, acusado pela prática de corrupção eleitoral. O advogado Emmanuel Cacho já entrou em contato com a Superintendência da Polícia Federal em Aracaju e prometeu apresentá-lo ainda nesta sexta-feira, 14. Por se tratar de crime eleitoral, o mandado de prisão deve ser cumprido pela Polícia Federal, conforme explica o advogado.
De acordo com informações do advogado Emmanuel Cacho, a juíza Andrea Caldas de Souza Lisa, da 5ª Zona Eleitoral de Sergipe, que expediu o mandado de prisão, dispensa o uso de algemas e a apresentação do réu na Polícia Federal ocorrerá de “forma civilizada”. Será uma apresentação espontânea, conforme destaca o advogado.
Desde que recebeu a informação extraoficialmente da decisão do Tribunal Regional Eleitoral pelo cumprimento imediato da sentença condenatória, Sukita seguiu para Capela, onde aguardou em casa a notificação judicial. De acordo com o advogado, Sukita já está seguindo para a capital sergipana para cumprir a ordem judicial.
Paralelamente, o advogado Emmanuel Cacho já definiu pelo recurso para garantir a Sukita o direito de aguardar em liberdade o trânsito em julgado da decisão condenaria. O advogado ingressará com habeas corpus junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) requerendo o efeito suspensivo de decisão imposta pelo TRE pela execução imediata da sentença.
Entenda o caso
O ex-prefeito Sukita foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral por corrupção eleitoral, desvio de verbas públicas e autorização de despesas não previstas em lei. Além de Sukita também foram condenados às mesmas penas, os auxiliares da prefeitura de Capela na época que o acusado exercia mandato de prefeito, no ano de 2012: Ana Carla Santana Santos (ex-secretária municipal de Assistência Social), Maria Aparecida Nunes (ex-secretária de Assistência Social substituta) e Arnaldo Santos Neto (ex-diretor financeiro do fundo de assistência social).
Conforme a denúncia do Ministério Público Eleitoral, Sukita teria distribuído dinheiro em troca de votos com o objetivo de beneficiar a campanha de Josefa Paixão e Carlos Milton Tourinho, que disputavam o comando da Prefeitura de Capela. A denúncia revela que Sukita teria distribuído recursos públicos, sem critérios, a um grupo de cerca de sete mil beneficiários de programas sociais em troca de votos. Cada um dos beneficiários foi contemplado com R$ 40, associado ao número da candidatura registrado na Justiça Eleitoral naquela época.
Por Cassia Santana
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