O procurador geral de justiça Eduardo D’Ávila não vê alternativas senão a adequação à legislação em respeito à higiene e às normas de vigilância sanitária para reabrir os matadouros que foram interditados no interior do Estado por iniciativa do Ministério Público Estadual (MPE). “Não podemos permitir que se perpetue o estado de imundície”, destacou o procurador, referindo-se à situação dos matadouros fechados.
Entre o final da manhã e início da tarde desta quarta-feira, 20, o procurador geral recepcionou uma comissão parlamentar composta por deputados estaduais que buscaram no Ministério Público entendimentos para se contrapor aos impactos sociais negativos que o fechamento dos matadouros está causando no interior do Estado.
Participaram desta reunião os deputados estaduais deputados Georgeo Passos, Gilmar Carvalho, Dilson de Agripino, Zezinho Sobral, Maria Mendonça, Diná Almeida, Goretti Reis, Talysson de Valmir e Janier Mota. “Infelizmente, já são 26 matadouros fechados sob o argumento de estarem sem as devidas condições sanitárias”, lamentou a deputada estadual Maria Mendonça, defendendo a união de todos os setores envolvidos direta ou indiretamente na atividade para encontrar meios que possam evitar maiores prejuízos para as famílias que dependem deste segmento econômico e que estão impossibilitadas de trabalhar.
O procurador geral mostrou-se flexível à causa social, enalteceu a importância do envolvimento do Poder Legislativo em questões desta natureza, mas disse que o Ministério Público só poderá permitir o funcionamento dos estabelecimentos com as condições adequadas de higiene. “A parceria do parlamento é muito bem aceita”, disse o procurador geral, em entrevista coletiva concedida ao final da reunião com os parlamentares. “Mas os matadouros estavam funcionando em condições de higiene e ambiental que não podemos permitir. A gente não quer chegar a proporções estratosféricas”, complementou, fazendo menção à tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, com o desabamento da barragem.
O procurador geral informou que haverá outras reuniões com os parlamentares e com os promotores de justiça envolvidos nestes processos para se encontrar uma solução viável para que os matadouros possam ser reabertos no interior.
Com informações das Assessorias do MPE e Parlamentar
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