Sindicatos fazem ato contra privatizações e reforma da previdência

O ato em conjunto entre centrais sindicais aconteceu na tarde desta sexta-feira, 22 (Foto: Portal Infonet)

Algumas centrais sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Sindisan, fizeram um protesto em conjunto na tarde desta sexta-feira, 22. Na pauta de discussões, os líderes dos sindicatos se posicionaram contra a proposta de reforma da previdência e a privatização da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso).

Sérgio Passos, coordenador do Sindisan (Foto: Portal Infonet)

Segundo o coordenador do Sindisan, Sérgio Passos, a escolha deste dia para os protestos coincide com o Dia Mundial da Água, celebrado nesta sexta, 22. Logo de início Sérgio deixa claro que a água precisa ser de acesso a todos. Para ele, qualquer movimento que ameace a universalização da água precisa ser combatido.“Água é vida. Não pode ser tratada como mercadoria. Há muito interesse de algumas empresas multinacionais em relação à água aqui no Brasil”, informa.

Sérgio explica que o Sindisan é contra a visão mercadológica que muitos empresários têm em relação a água. “Ela não pode ser privatizada. Tem que ser universalizada. Não virar uma mercadoria”, afirma. Ainda segundo ele, o aquífero guarani, formações geológicas que armazenam água subterrânea, é uma das principais joias do Brasil e precisa ser preservado. “O aquífero guarani é uma grande reserva de água. Segundo estudos, daria para abastecer a humanidade durante 400 anos. Ele é importantíssimo para o nosso futuro. Não pode em hipótese alguma ser privatizado, vendido para multinacionais”, reitera.

Reforma da Previdência

Rubens Marques, presidente da CUT (Foto: Portal Infonet)

Inserido no mesmo ato, integrantes da CUT e demais centrais sindicais aproveitaram o protesto para se posicionar contra a proposta de reforma à previdência. Segundo o presidente da CUT, Rubens Marques, não há igualdade entre o que se propôs para os civis e aquilo que foi proposto nesta semana para os militares.“O governo já anuncia a reforma com um futuro aumento dos salários dos militares para compensar o texto atual”, exclama.

Além do mais, Marques é enfático ao afirmar que a transição do regime de contribuição para o de capitalização coloca em risco o futuro das aposentadorias. “Esse modelo de capitalização que o governo defende simplesmente acaba com a aposentadoria. O Chile já o colocou em prática há muito tempo e atualmente sobre com as consequências dessa medida”, avalia.

Para que essa proposta não seja aprovada, Marques defende que os parlamentares de orientação ideológica à esquerda se unam para pôr um ponto final na tramitação.“O que nós defendemos é que os parlamentares de esquerda não façam emenda. O mais sensato a se fazer é derrotar essa proposta de reforma”, diz.

por João Paulo Schneider e Aisla Vasconcelos

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