Sindicatos pedem a Alese que Reforma da Previdência não seja votada

Líderes sindicais e servidores acompanham desde a semana passada sessões da Alese (Foto: Portal Infonet)

Líderes sindicais e servidores públicos acompanharam a leitura do Projeto de Lei Complementar, de autoria do Governo do Estado, que altera as regras da previdência dos servidores públicos estaduais durante a sessão plenária desta terça-feira, 17, na Assembleia Legislativa de Sergipe, como havia sido anunciado semana passada pelo presidente da Casa, deputado Luciano Bispo. Os representantes de classes pediram a retirada do projeto de pauta, mas já foi dito por Luciano que o projeto seguirá para votação.

“A gente entende que a questão da previdência é uma coisa muito séria para se discutir e rediscutir, mas o pessoal dos sindicatos nos pediu para que não pautasse, e eu disse que não podia fazer isso. Vamos pautar sim a Reforma da Previdência”, afirma Bispo.

Presidente da Alese, Luciano Bispo, disse que não pode deixar de pautar o PLC da reforma da previdência (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Para o líder da bancada governista, Zezinho Sobral (Podemos), retirar os projetos de pauta é boicotar a democracia e pedir para os deputados não trabalharem.“Eu não concordo em absoluto com o engavetamento de projetos. A assembleia é feita para trabalhar, votar contra ou a favor, mas, engavetar projeto é boicote ao sistema e a democracia. Há um interesse, há necessidades, vamos discutir o projeto e colocar para votar. Todos os deputados, oposição e situação, entendem que a Assembleia precisa trabalhar, e engavetar projeto é pedir para o deputado não trabalhar, então isso não é correto. O correto é você debater, apresentar suas propostas, sugerir suas emendas, ir contra ou a favor, mas o projeto precisa ser apreciado”, ressalta Zezinho.

Sindicatos

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Roberto Silva, entende que um projeto desse nível, que causará muitos impactos na vida de milhares de servidores públicos sergipanos, precisa ser discutido com os principais interessados, situação que segundo ele não está acontecendo.

“ Nós entendemos que não há a necessidade de ter uma reforma, o que há necessidade é ter uma adequação de alíquota, a gente pede que seja retirado de pauta para que haja um dialogo com os servidores para que de fato não haja mais prejuízos do que a gente já vem sofrendo com atrasos e congelamentos de salários e parcelamentos. O PLC foi lido hoje e votado próxima semana, sem dar tempo de ser discutido e construído para os servidores entender de fato o que vai mudar na sua vida. É muito ruim esse formato”, diz.

Com o posicionamento do presidente da Casa em colocar o PLC em votação, os sindicalistas vão manter o diálogo com os deputados na tentativa de não aprovar a PEC e nem o PCL. Para os líderes sindicais o projeto da Previdência será um processo avassalador de retirada de direitos dos servidores públicos em uma movimentação muito rápida.

“Esperamos ainda que os deputados tenham o bom sendo de deixar esse projeto para fevereiro, porque qual é o problema de deixar para fevereiro uma votação que atrapalha a vida de milhares de servidores públicos? Diante da declaração do presidente nosso papel agora é acompanhar e saber como os deputados vão votar, se favorável ao servidor ou contra o servidor público”, enfatiza Roberto.

Por Karla Pinheiro

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