Subvenções: pedidos de diligências são negados

Roberto Porto [último]: pedidos negados para não procrastinar desfecho (Foto: Arquivo Portal Infonet)

O desembargador Roberto Porto negou todos os pedidos de diligências feitos pelos advogados que atuam na defesa dos deputados Augusto Bezerra (DEM) e Paulo Hagenback Filho, o Paulinho das Varzinhas (PT do B) e dos demais réus, que respondem a processo criminal por envolvimento em suposto esquema de desvio das verbas de subvenções destinadas pela Assembleia Legislativa a entidades do terceiro setor por indicação dos parlamentares.

O desembargador Roberto Porto, relator do processo, entende que o atendimento aos pedidos formulados pelos advogados poderia adiar o desfecho da ação penal. As diligências solicitadas pela defesa dos réus poderiam ter sido feitas na fase preliminar do processo, no entendimento do desembargador. “Postulá-las nesta fase processual implica a procrastinação do desfecho desta causa, sem qualquer resultado útil, registre-se, para o processo”, destacou o desembargador na decisão.

As diligências solicitadas pela defesa já teriam sido realizadas em outra fase do processo, na ótica do desembargador. As variadas diligências foram solicitadas pelos advogados Aurélio Belém, Walter Neto, André Felipe Ferreira Silva, Roberto Wagner de Gois Bezerra e Israel Mendonça Souza, que atuam, respectivamente, na defesa dos dois parlamentares e das duas dirigentes da Associação dos Moradores e Amigos do bairro Nova Veneza (Amanova), Clarisse Jovelina de Jesus [presidente] e Alessandra Maria de Deus [tesoureira], das duas servidoras da Assembleia Legislativa Ana Cristina Varela Linhares e Eliza Maria Menezes e também de Nollet Feitosa, o empresário que teria articulado o desvio e assinou delação premiada para denunciar o suposto esquema.

Por Cássia Santana