Subvenções: Servidor da Alese não convence MPF

Dilson Filho durante o depoimento (Fotos: Portal Infonet)

Todas as cinco testemunhas deferidas [que foram citadas nas fases anteriores das audiências que apuram desvio de verbas de subvenções distribuídas pela Assembleia Legislativa de Sergipe], compareceram na manhã desta terça-feira, 7, ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE/SE).

O depoimento que mais chamou a atenção principalmente dos representantes do Ministério Público Federal (MPF), foi do servidor da Alese, Dilson Cavalcanti Batista Filho, que vendeu dois carros a uma pessoa que conheceu no hall da Assembleia e recebeu como pagamento recursos das subvenções destinados pelo então deputado Mundinho da Comase à Associação Antonio Vieira Lima Neto, em Itabaianinha.

No depoimento ele explicou trabalhar no Setor de Patrimônio da Assembleia e que tinha comprado dois veículos: um Voyage no valor de R$ 30 mil e um Gol, no valor de R$ 34 mil a um rapaz que conheceu no hall da Assembleia, conhecido por Luiz Vinicius que o pagou com o dinheiro destinado à associação de Itabaianinha.

Vereador Gilvan é tio do tesoureiro da associação

“O depoimento dele não foi nada convincente, ele é funcionário da Assembleia Legislativa, a família dele é de políticos de Itabaianinha e muito estranho ele dizer que tinha carros que não estavam no nome dele, que conheceu uma pessoa no hall da Assembleia e essa pessoa já negociaram os carros que foram pagos com o dinheiro da associação que recebeu as verbas de subvenções Essa história está bem mal contada. Não soube dizer placas dos carros, quem eram os donos anteriores e é realmente muito estranho até porque quando a gente compra um carro, coloca em nome nosso, o Detran exige que seja feito isso”, lamenta a procuradora Eunice Dantas.

De acordo com ela, “Luiz Vinicius tem uma empresa, a DL Empreendimentos, que prestou serviços para as associações que Mundinho da Comase mandou recursos, tanto pra essa de Itabaianinha, quanto pra uma em Monte Alegre. Outra coincidência: Ele é tesoureiro da Associação dos Jovens e Amigos de Lagarto, que também o deputado mandou verbas pra lá”.

Moita Bonita

Que também prestou depoimento e não soube dizer como a verba foi usada

Também prestaram depoimentos a ex-esposa de Mundinho da Comase, Maria Cardoso Vieira, ligada à Associação Antônio Vieira Lima Neto, administrada pela família do ex-deputado. E as testemunhas ligadas à Associação de Moradores de Moita Bonita: o tesoureiro Edivânio Fonseca de Jesus, o empresário do ramo de eventos, Elton Leandro Carvalho Oliveira e o vereador Gilvan da Silva Fonseca, cuja entidade [que recebeu subvenções por meio do deputado Venâncio Fonseca], funciona na casa da mãe dele.

“Hoje os depoimentos foram tranquilos, todas as testemunhas vieram, disseram mais ou menos o que já esperávamos, algumas contradições, mas o fundamental é que não souberam comprovar os gastos ou os gastos foram feitos de forma irresponsáveis, com festas, não souberam informar os valores. O vereador Gilvan pelo que o Ministério Público entendeu é quem de fato manda na associação”, acrescenta.

Eunice Dantas: "Depoimento de Dilson não foi nada convincente"

À tarde deverão prestar depoimentos, testemunhas ligadas à Associação de Cooperação Agrícola do Estado de Sergipe, à Associação Comunitária Nossa Senhora da Conceição, em Pacatuba e  à Associação Comunitária Gabriel Arcanjo de Oliveira, em Tobias Barreto.

Por Aldaci de Souza

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