Subvenções:Associação tem bens indisponíveis em Lagarto

Mundinho da Comase no dia da prisão (Foto: Divulgação Faro Fino/Arquivo Portal Infonet)

A Associação Comunitária e Produtiva do Povoado Boerio, localizada na cidade de Lagarto, teve a indisponibilidade dos bens decretada por meio do juiz da 2ª vara cível, Edinaldo César Santos Júnior. O magistrado determinou a proibição de repasse de verbas públicas para a entidade. A decisão atende a uma Ação Civil Pública movida pelas primeira e segunda promotorias de Justiça no município, que destacou o envolvimento da associação em desvios de verbas de subvenção distribuídas pela Assembleia Legislativa de Sergipe em 2012, 2013 e 2014.

Segundo informações do Ministério Público Estadual (MPE/SE), a Associação Comunitária e Produtiva do Povoado Boerio, vinha sendo investigada em virtude do recebimento do R$ 537 mil em verbas de subvenção por meio do ex-deputado estadual Raimundo Lima Vieira, conhecido como Mundinho da Comase, “o qual também já era investigado por estar envolvido em desvios de verba de outra associação com sede em Lagarto, a Associação Ala Jovem”.

Para se ter uma ideia, foi apurado no inquérito civil que apura as verbas recebidas pela associação do Povoado Boerio, “praticamente todo o dinheiro da subvenção social foi desviado, inclusive as quebras de sigilo bancário mostraram que vários cheques emitidos pela associação, assinados pelo presidente Sr. Sandro de Oliveira Chagas, acabaram sendo depositados em uma conta bancária de titularidade do próprio do ex-deputado “Mundinho da Comase”, o qual fazia a indicação das subvenções para a associação”.

E durante depoimento ao Ministério Público, ele confirmou que as verbas de subvenção eram remetidas para a associação com a condição de que parte do dinheiro retornasse para o então deputado Mundinho da Comase. Ambos respondem a ações de improbidade administrativa por conta dos “desvios praticados por meio da associação”.

O ex-deputado chegou a ser preso no último dia 29 de julho, durante operação coordenada pela delegada que está a frente da investigação, Daniele Garcia, responsável pela Delegacia da Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap), sendo colocado em liberade no dia 2 de agosto por força de um habeas-corpus.

Por Aldaci de Souza
Com informações do MPE/SE

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