O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) concluiu o julgamento dos pedidos de registro de candidatura e deixou 58 políticos inaptos em Sergipe, que estão oficialmente fora do páreo eleitoral que acontecerá no dia 7 de outubro. Este número corresponde a 11,03% da totalidade dos pedidos de registro de candidatura que transitaram na justiça eleitoral no Estado. Os membros da corte eleitoral julgaram 526 pedidos de registro de candidatura, aprovando 468 candidaturas, o equivalente a 88,97% dos processos inerentes aos pedidos de registro de candidatura.
Na chapa majoritária, nove candidatos estão classificados aptos para disputar o cargo de governador. Mas há ressalvas quanto a dois candidatos já classificados aptos: Belivaldo Chagas (PSD) e Eduardo Cassini, que substituiu o empresário João Tarantela indicado pelo PSL. Contra Belivaldo Chagas, surgiu pedido de impugnação formalizado pela coligação liderada pelo deputado federal Valadares Filho, que disputa o Governo do Estado pelo PSB, tomando por base recomendação do Tribunal de Contas quanto à contratação de professores sem realização de concurso público. O TRE não considerou a impugnação e votou pelo deferimento, mas houve recurso para reformular a decisão da Corte Eleitoral sergipana, que está em tramitação no Superior Tribunal Eleitoral.
Ao contrário da situação do governador Belivaldo Chagas, o candidato Eduardo Cassini aparece com pedido de registro indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral e a candidatura dele está classificada como apta, tramitando com recurso. O PSL foi impedido de participar da eleição 2018 pelo TRE por não ter apresentado o número de mulheres, no patamar mínimo exigido por lei na proporção de 30% dos candidatos, para disputar as eleições e o partido recorreu junto ao TSE.
Faixa etária
Conforme a estatística do TRE, no total, são nove candidatos disputando a vaga de governador, 14 disputando as duas vagas disponíveis no Senado, 124 para as oito vagas na Câmara dos Deputados e outros 335 candidatos disputarão as 24 vagas da Assembleia Legislativa de Sergipe. Entre os classificados aptos pelo TRE, 418 pedidos foram deferidos, o equivalente a 89,32%, e outros 43 foram indeferidos, mas estão aptos com recurso, o equivalente a 9,19%. Quatro foram deferidos, mas há recurso de impugnação ainda em tramitação no TSE, o equivalente a 0,85%, e três ainda com pendências.
Entre os 58 políticos considerados inaptos pelo TRE, 38 tiveram o pedido de registro indeferido, o equivalente a 65,52%, e outros 20 renunciaram à disputa eleitoral, o equivalente a 34,48% deste universo. De acordo com os dados do TRE, os motivos mais frequentes da cassação dos registros e os indeferimentos foram resultantes de ausência de requisitos de registro, indeferimentos feitos pelos partidos ou coligações, reflexos da Lei da Ficha Lima e ainda os frutos dos pedidos de impugnações.
A faixa etária dos candidatos em Sergipe varia entre 20 anos e 84 anos, com a maior parte deles com idade entre 50 e 54 anos. Há apenas duas candidaturas declaradas indígenas [0,38%] e a cor parda predomina com 53,99% dos candidatos. Em menor proporção que os pardos, aparecem os candidatos declarados brancos [33,46%], negros [11,6%] e amarelos, com apenas 0,57%.
Escolaridade
A estatística do TRE revela que dois candidatos apenas leem e escrevem [0,38%], mas a maioria deles [227] possui nível superior, o que corresponde a 43,16% dos candidatos. Quanto a ocupação, 80 não declararam o tipo de atividade que exercem profissionalmente. Entre os candidatos, 23 são policiais militares, 22 ocupam cargo de deputado e há ainda advogados, aposentados e estudantes disputando cargos eletivos.
Por Cassia Santana
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