O prefeito Valmir Monteiro, de Lagarto, pensa em renunciar o cargo. Ele está preso há exatos 60 dias, acusado de envolvimento em suposto esquema para desviar verbas públicas do matadouro da cidade. A informação pela possibilidade de renúncia foi transmitida nesta terça-feira, 23, pelo advogado Evânio Moura, que atua na defesa do prefeito, durante sessão da Câmara Criminal, que está julgando o recurso, interposto pelos advogados de defesa, pedindo a liberdade do chefe do Executivo Municipal.
De acordo com Evânio Moura a maior preocupação do prefeito neste momento é com os desdobramentos do processo judicial movido pelo Ministério Público do Estado de Sergipe. Para Moura, o processo é complexo e requer muita atenção da equipe de advogados que atua na defesa e também do próprio prefeito. “Ele [o prefeito] me confidenciou [o desejo de renunciar ao cargo]”, disse Evânio Moura. “O que ele precisa agora é cuidar da defesa dele. Ele não está preocupado em lutar por mandato. Ele está preocupado em lutar pela sua liberdade e provar sua inocência”, ressaltou Moura.
Sem documentos
Evânio Moura classifica como “excessiva” a acusação feito pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de Sergipe (MP-SE). “E essa defesa vai demandar uma atenção muito grande por parte do próprio réu e dos advogados”, avalia. O advogado tenta, inclusive, substituir a prisão por medidas cautelares previstas na legislação brasileira, inclusive com o próprio afastamento do prefeito do cargo e até uso de tornezeleira eletrônica para monitorar a rotina dele fora da cela. Mas o recurso ainda não foi julgado e o prefeito permanece preso.
Apesar de manifestar intuito em renunciar ao cargo de prefeito, Valmir Monteiro não assinou qualquer documento neste sentido. Prefere, conforme a orientação do próprio advogado, aguardar os desdobramentos do processo judicial. “Processualmente, ele não pode fazer isso [assinar carta de renúncia]. Porque, se assim o fizer, o processo sai do tribunal. A gente vai ter que aguardar a conclusão do julgamento”, destaca. “O processo só está sendo julgado originalmente no Tribunal [de Justiça] e não na Comarca de Lagarto exatamente porque ele é prefeito. Então, essa deliberação só seria posterior ao julgamento”, explica, referindo ao possível pedido de renúncia.
por Cassia Santana
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