Zé Eduardo morre aos 58 anos, na madrugada deste domingo

Zé Eduardo disputou as últimas eleições tendo ficado como 1º suplente de senador (Fotos: Aldaci de Souza/Arquivo Portal Infonet)

Morreu na madrugada deste domingo, 4 aos 58 anos, no Estado de Minas Gerais, o ex-senador por Sergipe, e ex-presidente da Petrobras e ex-presidente do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores em Sergipe, José Eduardo Dutra (PT). Ele estava internado em um hospital localizado na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Zé Eduardo como é conhecido vinha lutando há alguns meses contra um melanoma [tumor maligno], tendo passado um tempo no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. O velório será a partir das 10h desta segunda-feira, 5 em Belo Horizonte, aonde o corpo será cremado.

Abalado e chorando muito, o ex-vice prefeito de Aracaju e ex-secretário de Estado da Saúde, Silvio Santos, tentou falar alguma coisa sobre Zè Eduardo [de quem era amigo pessoal], com o Portal Infonet, na manhã deste domingo, 4.

Silvio Santos, extremamente abalado com a morte do amigo-irmão

“É muito difícil falar alguma coisa a despeito do momento, Zé Eduardo era pra mim mais que um amigo, era um irmão. Ele era da mina idade, iniciamos a militância política na mesma época, na década de 80 e militávamos juntos no mesma filiação partidária. Vivíamos juntos com as nossas famílias, viajávamos juntos, torcíamos pelo mesmo time”, afirma aos prantos, sem conseguir mais falar.

"O PT perde um dos seus mais talentosos quadros, o ex senador por Sergipe, José Eduardo de Barros Dutra. Zé Eduardo Dutra teve uma bela trajetória no nosso partido, tanto em Sergipe e no Brasil. Sua passagem por aqui nos engrandeceu e muito nos ensinou. Meus sentimentos a família biológica, amigos e a família petista! Zé, presente", afirma o presidente do Partido dos Trabalhadores em Sergipe, Rogério Carvalho.

Para o deputado estadual, Luciano Pimentel (PSB), foi uma grande perda para a política. "Estou certo de que a vida política sergipana e brasileira perdeu um grande ser. Dutra era um homem que, naquele seu jeito tímido, aparentemente fechado, guardava um enorme coração, uma lealdade ímpar aos bons princípios políticos e tinha alma de traços éticos bem definidos para o bem. Aos seus familiares e aos seus amigos, que Deus possa confortar nesta hora de passagem", destaca.

“Zé Eduardo viveu com muita dignidade a sua vida, seja como militante político, seja como gestor público, seja como dirigente nacional, como senador. Foi uma trajetória muito vitoriosa, baseada em princípios ideológicos e éticos, que, para mim, são um exemplo na atuação política. E não foi diferente na última fase de sua vida. Ele enfrentou este momento difícil com a mesma coragem, altivez e preocupado com o futuro, com o país, justiça social. Era um homem muito íntegro, voltado às causas do povo e que tinha um amor por Sergipe, Estado que ele escolheu para viver, se dedicar e fazer política. E a partir daqui construiu uma trajetória política muito vitoriosa. O PT perde um dos principais líderes no Estado e no país. E nós, amigos, perdemos um grande companheiro. Para mim, um compadre, amigo, a quem eu tinha como referência ética e militante política. Um ser humano extraordinário, de uma generosidade extraordinária", lamenta o secretário nacional de Finanças do PT, Márcio Macêdo.

Histórico

Nascido no Estado do Rio de Janeiro, em 11 de abril de 1957, José Eduardo de Barros Dutra, estudou no Colégio Estadual José Augusto Ferreira – Caratinga MG. Formado em Geologia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro em 1979, trabalhou de 1983 a 1990 como geólogo da Petrobras Mineração – Petromisa, realizando o planejamento geológico na mina de potássio Taquari-Vassouras, em Sergipe.

Trabalhou no período de 1990 a 1994 na Companhia Vale do Rio Doce, tendo sido eleito "Geólogo do Ano", em 1988, pela Associação dos Geólogos de Sergipe. Foi presidente do Sindicato dos Mineiros do Estado de Sergipe (Sindimina) no período de 1989 até 1994 e dirigente nacional da Central Única dosTrabalhadores (de 1988 até 1990).

Disputou o governo de Sergipe em 1990 sendo derrotado por João Alves Filho. Em 1994, foi eleito senador da República pelo Estado de Sergipe. Candidatou-se novamente ao governo de Sergipe em 2002, e novamente foi derrotado, no segundo turno, por João Alves Filho.

Foi presidente da Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras de 2 de janeiro de 2003 até 22 de julho de 2005. Tentou eleger-se senador em 2006, mas foi derrotado por Maria do Carmo Alves, esposa de João Alves.

Retornou à Petrobras como presidente da Petrobras Distribuidora, de 24 de setembro de 2007 a 14 de agosto de 2009 . Deixou o cargo para disputar a presidência do Partido dos Trabalhadores, sendo eleito para biênio 2010-2012.

Dutra desenvolveu sua vida política, ao lado do ex-governador Marcelo Déda [que faleceu em 2013]. Em 2014 foi eleito primeiro suplente de Antônio Carlos Valadares (PSB).

O funeral ocorrerá nesta segunda-feira, 5 na cidade de Belo Horizonte (MG), no Funeral House (na Avenida Afonso Pena, 2158. Bairro Funcionários),nesta segunda-feira (4), a partir das 10h. O corpo de Dutra será cremado no mesmo dia em Belo Horizonte. Ele deixa dois filhos, Vítor Dutra e Andrea Dutra, que está grávida. Assim como Marcelo Déda, não conseguiu conhecer o neto.

Por Aldaci de Souza

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