Sete novas linhagens do coronavírus já circulam em Sergipe

As sete novas linhagens do coronavírus foram identificadas em 67 amostras de sergipanos (Foto: Ascom/SES)

Sete linhagens diferentes do coronavírus foram identificadas nas amostras de pacientes que testaram positivo para o Covid-19 em Sergipe. As novas linhagens ou variantes não são as mesmas encontradas no Amazonas, Reino Unido e África.

As novas linhagens do coronavírus foram identificadas em 67 amostras de pessoas de 11 municípios sergipanos enviadas à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen/SE). Essas amostras passaram por um sequenciamento genético que conseguiram identificar sete variantes que circulam no estado.

As amostras enviadas pelo Lacen ao laboratório especializado de pesquisa de vírus Fiocruz foram de pessoas que testaram positivo mais de uma vez para o Covid-19 dentro de um período maior de 90 dias e que estavam com a carga viral muito alta.

De acordo com Cliomar Alves, superintendente do Lacen, as novas linhagens encontradas em Sergipe já circulam em todo país. “As pessoas precisam manter as medidas restritivas porque são essas novas linhagens que estão causando tantas reinfecção da Covid-19 nas pessoas. Uma pessoa que foi infectada por uma linhagem, pode ser infectada por outra”, afirma.

Cliomar explica que uma dessas linhagens identificadas no Estado causa mais preocupação por ter maior poder de infectividade. “A P2 nos chama atenção porque é uma mutação de uma das linhagens da proteína spike que se liga as células humanas e pode ser mais infecciosa. Essa P2 foi a linhagem encontrada na primeira reinfecção pelo Covid-19 comprovada no país, numa pessoa do estado da Paraíba”, aponta.

Mutação do vírus

Os vírus respiratórios sofrem mutação constantemente, conforme explica Cliomar, e nessas mutações ocorre as alterações dos componentes do vírus. “O coronavírus sofre menos mutações que o vírus influenza, por exemplo, é por isso que todo ano acontece a vacinação contra a gripe. Nessas mutações ele pode ficar menos ou mais infeccioso, menos ou mais letal, por isso, é preciso manter a vigilância genômica, ou seja, a análise dos genes, para saber que tipo de vírus está circulando”, esclarece.

Por Karla Pinheiro

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