Após o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) atingir no início da semana 100% de lotação dos leitos exclusivos para o tratamento do novo coronavírus (Covid-19), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) anunciou nesta sexta-feira, 15, 29 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Segundo a pasta da Saúde, foram abertos mais 17 leitos no Huse e 12 no Hospital Regional de Estância. Somando com o número de leitos da iniciativa privada, Sergipe passa a ter 129 leitos de UTI.
Segundo a secretária de Estado da Saúde, Mércia Feitosa, na próxima semana, outros seis leitos de UTI serão abertos no Hospital da Polícia Militar (HPM). . Ainda de acordo com a secretária, a SES está conversando com os hospitais filantrópicos com vistas à contratualização de mais leitos de UTI. Ela enfatizou que todos os leitos de todos os hospitais que servem ao Sistema Único de Saúde (SES) obedecem à regulação estadual, sejam hospitais universitários, municipais e da própria rede estadual.
A secretária informou que a Rede Estadual de Saúde vinha registrando o esgotamento progressivo do número de leitos, confirmando o que previam alguns estudos desenvolvidos com a Universidade Federal de Sergipe (UFS), que apontavam o estrangulamento da rede dos leitos de UTI para esta semana. “Fizemos a movimentação para a abertura de novos leitos e conseguimos abrir 12 leitos de UTI no Hospital Regional de Estância, com ventiladores mecânicos e monitoramento, e novos 17 leitos no Huse”, reforçou.
Distanciamento social
O diretor de Vigilância em Saúde e infectologista da SES, Marco Aurélio Góis, destaca que a pasta tem se esforçado para garantir e manter a assistência às pessoas que precisam da UTI, mas que o controle da Covid-19 não se resume a isso. “Sabemos que a gente só diminui o número de casos graves, se a gente reduzir a incidência de infecções. E isso só acontecerá se houver retração na transmissão, que se dá de pessoa para pessoa, pelo contato próximo”, explica.
Com isso, o diretor chama atenção para a importância do distanciamento social. Segundo ele, este não é o momento de falar em flexibilização. “Individual e coletivamente temos que falar em maior endurecimento das restrições. Se as pessoas estão cansadas, é normal que estejam, mas elas precisam ficar em casa, mais distantes do convívio social, porque muitas pessoas estão infectadas e são assintomáticas”, alertou.
por João Paulo Schneider e Verlane Estácio
Com informações da SES
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