Atendimento no Hospital de Campanha é exclusivo a casos de covid-19

O Hospital de Campanha Cleovansóstenes Pereira Aguiar, uma das unidades de referência no tratamento de covid-19 em Aracaju, junto às oito Unidades Básicas de Saúde e os hospitais Nestor Piva e Fernando Franco, foi desenhado especificamente para atender a demanda da pandemia. Por isso, é uma unidade “porta fechada”.

De acordo com a secretária municipal da saúde, Waneska Barboza, essa definição compreende unidades onde são pré-determinados os tipos de pacientes que ela receberá. “Os leitos são classificados de acordo com a gravidade e os pacientes se adéquam a esse perfil. Isso possibilita que eu ofereça um atendimento especializado”, resume.

Significa que o Hospital de Campanha só recebe casos suspeitos ou confirmados da covid-19, regulados pela equipe depois de acessarem a rede por uma das dez portas de entrada (as oito UBS e os dois hospitais municipais). “Cada um desses equipamentos tem um papel específico dentro da rede”, reforça o coordenador da equipe médica de covid-19 do município, Flávio Cardoso Arcangelis.

“Ele é um hospital de referência, por isso só pega casos relacionados à covid, que atendam aos critérios de elegibilidade para entrar, como ser portador de uma síndrome gripal ou respiratória aguda grave”, esclarece o médico.
Essa condição “porta fechada” possibilita que a unidade promova um atendimento específico e ainda evite a disseminação do vírus, já que é um hospital exclusivo. “Nesse cuidado específico de isolar esses pacientes das outras unidades hospitalares, acaba gerando um atendimento mais efetivo para toda a rede”, destaca Flávio.

Referência Infectologista da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Fabrízia Tavares ressalta a importância de seguir os protocolos de segurança sanitária nesse tipo de unidade. “As pessoas precisam entender que não é uma unidade “porta aberta”, que você pode procurar se tiver uma dor de garganta, por exemplo. É um hospital de referência”, destaca.

Fabrízia ressalta que a unidade é voltada para pacientes internados em outras unidades que precisam ficar em observação e são regulados pela equipe médica para o Hospital de Campanha. “Porta aberta são as oito unidades de saúde que servem como referência e estão preparadas para o diagnóstico e o acompanhamento desses pacientes”, esclarece.

Waneska Barboza reitera que a unidade foi desenhada com uma estrutura para um tipo adequado de paciente. “São alas com leitos de baixa e média complexidade. Quando ele chega no Zona Norte, Zona Sul ou nas UBS e é classificado como risco verde ou amarelo, que se encaixam nessa classificação, é encaminhado para a unidade, porque toda a equipe dela foi dimensionada para esse tipo de paciente”, argumenta.

Segundo Waneska, para ter uma unidade “porta aberta” é preciso disponibilizar equipes para atender a pacientes críticos. “Numa unidade porta aberta, pode chegar qualquer paciente e a equipe precisa estar sempre preparada para recebê-lo. Isso requer o dimensionamento de mais equipes e pessoas com conhecimentos específicos”, avalia.

Ela lembra que o Hospital de Campanha conta com esse tipo de equipe e de ala, mas numa quantidade proporcional aos leitos de enfermaria que possui. Ou seja, os leitos de estabilização que a unidade disponibiliza são destinados aos pacientes do próprio hospital que têm o quadro agravado. “Lá, é feita a intervenção para que ele seja assistido enquanto a equipe solicita a transferência para um leito de UTI”, explica.

Ou seja, se a unidade fosse aberta para todo tipo de paciente, essa oferta de retaguarda aos pacientes críticos que já estão internados nela seria comprometida. “Não teríamos como fazer esse atendimento, por isso, preferimos manter os hospitais Zona Norte e Zona Sul com essa finalidade e encaminhar para o Hospital de Campanha apenas os casos específicos”, reitera.
Fonte: Ascom AAN

 

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