Caso tireoide: SSP e CRM veem indícios de erro médico

Delegado pedirá explicações ao hospital (Foto: arquivo Portal Infonet)

Erro médico. Esta é a vertente levantada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) na investigação referente ao processo cirúrgico ocorrido no Hospital São José, onde a paciente Marilene Rodrigues, 62, foi submetida a um procedimento equivocado, que culminou com a retirada da tireoide. De acordo com a assessoria de imprensa da SSP, neste momento, a polícia trabalha com a perspectiva de erro médico e está tentando identificar os responsáveis.

Paralelamente, o Conselho Regional de Medicina (CRM) também já instaurou sindicância para investigar a situação e a presidente Rosa Amélia Andrade Dantas também admite a existência de indícios de erro médico. De acordo com a família, a paciente deveria ter sido submetida a cirurgia para hérnia e retirada de pólipos no útero, mas acabou submetida a um procedimento completamente diferente e ficou sem a tireoide.

No âmbito da SSP, a paciente prestou depoimento na 3ª Delegacia Metropolitana na sexta-feira da semana passada, 21. Ao delegado Carlos Frederico Muricy, que preside o inquérito policial, a paciente confirmou o equívoco que teria ocorrido no hospital.

Até o final desta semana, o delegado pretende solicitar esclarecimentos à direção do Hospital São José, conforme a assessoria de imprensa da SSP. Além da paciente, também já prestaram depoimento o esposo e a filha de Marilene Rodrigues, que acompanharam os desdobramentos da cirurgia.

Conforme a assessoria, o delegado também já recebeu documentos entregues pelo advogado que acompanha a vítima. Os documentos ainda não foram analisados. Após a análise detalhada destes documentos, o delegado solicitará as informações ao hospital, o que poderá ocorrer até o final desta semana.

A SSP não transmitirá maiores informações sobre os procedimentos que o delegado está adotando para não atrapalhar as investigações. A meta, conforme a assessoria, é chegar aos responsáveis por este suposto erro médico.

Sindicância

Paralelamente, a situação da paciente está sendo investigada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM). A presidente do CRM, Rosa Amélia Andrade Dantas, informou que a sindicância foi instaurada na segunda-feira, 24, depois que uma comissão realizou uma fiscalização para avaliar a estrutura da unidade de saúde. E, diante dos indícios de erro médico, conforme frisou a presidente do Conselho, priorizou-se a instalação da sindicância.

A atual gestão encerra o mandato na próxima sexta-feira, 28. A partir de segunda-feira, 1º, o novo presidente e os demais membros do CRM serão empossados e, conforme Rosa Amélia, darão prosseguimento à investigação, nomeando um novo sindicante ou mantendo o mesmo já nomeado pela atual gestão, assim como também fará a indicação daqueles que vão compor a Câmara de Sindicância do Conselho Regional de Medicina, que receberá o relatório do sindicante para adoção das medidas previstas, dando sequência à investigação, segundo a presidente Rosa Amélia.

Detalhes da sindicância não são revelados porque procedimentos desta natureza instaurados no Conselho Regional de Medicina tramitam em sigilo, segundo Rosa Amélia.

Por Cassia Santana

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