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Cerca de 72 pacientes aguardam para fazer a cirurgia (Foto: Portal Infonet) |
Quem necessita realizar uma cirurgia de redução de estômago aguarda na fila de espera há meses. Isso porque as cirurgias estão suspensas no Hospital Universitário (HU) que é o único hospital público contratualizado pelo município para a realização de cinco cirurgias/ mês.
Durante audiência realizada nesta segunda-feira, 7, no Ministério Público Estadual (MPE) foi informado que as cirurgias estão suspensas há três meses, em razão da falta de equipamentos importantes para a realização das cirurgias, cerca de 72 pacientes aguardam na fila de espera para realizar o procedimento cirúrgico.
De acordo com a promotora Euza Missano, foi concedido um prazo de 15 dias para o município resolver a questão. “Hoje só há um prestador para o município de Aracaju para fazer essa cirurgia que é o HU. O HU informou em audiência que são necessárias dez cirurgias por mês para se manter uma assistência digna a população de Aracaju e do estado como todo, já que Aracaju funciona como polo de referência nesse serviço de alta complexidade. O município solicitou prazo de 15 dias pra solucionar esse problema, inclusive na sua atenção básica na assistência aos pacientes do município de Aracaju com a formação de ambulatórios específicos pra fazer a triagem do paciente de alto e baixo risco, sendo que o de baixo risco vai ser trabalhado na própria unidade básica de saúde com atenção do NASF que são essas equipes e também das academias da cidade e o paciente de alto risco com encaminhamento para procedimento cirúrgico”, diz
A coordenadora da rede especializada do município, Adriana Nolasco participou da audiência e informou que uma reunião será marcada com o Estado para discutir a questão. “O município vai repactuar com o estado e está chamando para conversar e repactuar a responsabilidade de cada um. O município hoje tem uma contratualização com o HU onde se faz cinco cirurgias ao mês e no momento não está sendo cumprido esse valor. O HU informou que está faltando material instrumental, mas já foi feita a licitação e que está aguardando a chegada. Como o município contratualiza com o HU, foi repassado a verba com o hospital que ficou de fazer as cirurgias”, garante.
Na tentativa de encontrar uma melhor alternativa para a questão, foi designada uma nova audiência para o dia 24 de outubro às 10h, sendo que caso não seja apresentada uma proposta satisfatória, a promotoria da saúde ingressará com uma ação civil pública. “O MP somente irá aguardar esses 15 dias para que haja a apresentação de uma proposta digna para atender a população e que se não houver um resultado satisfatório, o MP irá ajuizar Ação Civil para garantir assistência inclusive aos pacientes que estão agora atualmente na fila de espera”, afirma Euza Missano.
Por Aisla Vasconcelos