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Glória Tereza cobra sala específica (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet) |
Os seis cirurgiões pediatras do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) pediram demissão nesta terça-feira, 14, agravando ainda mais a crise na rede pública de saúde pública em Sergipe. Os pedidos de demissão foram anunciadas pelos próprios cirurgiões pediatras por meio de ofício enviado ao Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed) e à Sociedade de Pediatria de Sergipe.
Em reunião almoço, o presidente em exercício do Sindimed, José Menezes, anunciou o pedido de demissão em massa. De acordo com informações da presidente da Sociedade de Pediatria de Sergipe, Glória Tereza Lima Barreto Lopes, as demissões foram ocasionadas por falta de condições de trabalho. Segundo a presidente, os pediatras já relataram a situação à Secretaria de Estado da Saúde e à Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), mas não se adotou atitude para solucionar os problemas.
Na ótica da presidente da Sociedade de Pediatria, o problema crucial está na falta de espaço físico específico no Hospital de Urgência de Sergipe para realização das cirurgias pediátricas. Em decorrência da falta de sala específica, conforme explicações da presidente da entidade, há momentos que as cirurgias pediátricas são adiadas e os pacientes obrigados a retornar à fila de espera devido à prioridade para a demanda do pronto socorro.
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José Menezes anuncia as demissões em encontro dos médicos |
“Marca-se a cirurgia, mas quando vai realizar o procedimento, a sala está ocupada por paciente do pronto socorro que tem prioridade”, observa a médica. “Há muito tempo que se pede a instalação de um centro cirúrgico reservado para a cirurgia infantil para não competir com as demais cirurgias”, ressalta Glória Tereza.
SES
Através de nota, o diretor operacional da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), Wagner Andrade, esclareceu que a demissão dos cirurgiões pediátricos foi uma surpresa, já que foi agendada uma reunião com esses profissionais em dezembro e não houve quórum. “A reunião foi reagendada para o início de janeiro, a pedido deles, e aguardávamos um posicionamento. A reunião teria o objetivo de ver as medidas necessárias para manter o efetivo tanto na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes quanto no Hospital de Urgências de Sergipe”, explica.
De acordo com Wagner Andrad, tanto a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes quando o Huse oferecem condições de trabalho para os profissionais. “O Huse é um hospital que tem atendimento grande, quase 500 atendimentos por dia no Pronto Socorro. O volume de cirurgias pediátricas é de 50 por mês. Aumentamos a quantidade de salas cirúrgicas, oferecemos mais anestesistas. A Fundação tem tentado melhorar em todos os sentidos o aporte para a área cirúrgica”, informa.
O diretor operacional da FHS informa ainda que a Fundação está à disposição dos profissionais para o diálogo e negociações com o objetivo de não comprometer a assistência. “Partimos do pressuposto que qualquer atitude se toma após uma conversa ampla. Qualquer demissão em massa pode prejudicar a assistência. Não é isso que queremos. A Fundação nunca fechou as portas e está à disposição para conversar e negociar para tentar resolver as demandas”, esclarece.
Por Cássia Santana
A matéria foi alterada às 18h07 para acréscimo de nota enviada pela SES.
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