Mesmo que não haja uma predisposição genética, diversos outros fatores contribuem para o surgimento de um câncer. Por este motivo, é necessário, além de visitas anuais a um médico, ficar atento a sintomas que podem surgir inesperadamente. O médico oncologista e cooperado Unimed, William Giovanni Soares, explica que existem diversos tipos de câncer, no entanto, existem alguns sintomas semelhantes entre eles, que podem ligar o sinal de alerta no paciente.
“Se a pessoa tem uma ferida na pele que não cicatriza, que sangra e que está sempre com aquela casquinha, é um sinal de alerta para câncer de pele. Da mesma forma que uma mancha na pele que vai crescendo e muda o padrão de cor e de formato também é um alerta. Além disso, sangramentos, seja vaginal, anal, nasal, emagrecimento inexplicável, alteração do hábito urinário, dores nos ossos, entre outros sintomas podem indicar um câncer”, alerta o médico.
Os sintomas podem aparecer e deixar o paciente em alerta, todavia, também não é raro o não surgimento de sintoma algum, o que, segundo o oncologista, se torna ainda mais perigoso. “Pode acontecer de não existir quase nenhum sinal e a doença ser absolutamente silenciosa e se manifestar só no estágio avançado. Por este motivo, é recomendado visitas anuais ao médico da família, para que ele indique quais exames a pessoa precisa fazer. Com isso, pode-se evitar que o câncer seja descoberto em um estágio mais avançado, o que diminui as chances de cura”, recomenda o profissional.
Causas
O câncer é um conjunto de mais de 100 doenças que tem em comum a característica de se espalhar para outro órgão. Como são vários tipos, cada uma variação do câncer também pode ter sua causa específica. Entretanto, além do fator genético, outras causas podem ser associadas ao surgimento da doença.
“Alguns estão relacionados ao estilo de vida, quando a pessoa é sedentária, tem uma alimentação rica em gordura e pobre em frutas e vegetais, aumenta o risco de surgimento de câncer. Outra causa é a exposição à radiação, como a radiação solar em horários inadequados e sem a devida proteção. Há alguns vírus que também estão ligados ao surgimento de câncer, como o do HPV, das Hepatites B e C. Há também fungos relacionados ao câncer de fígado e o cigarro que é responsável por cerca de 30% dos tumores hoje em dia”, explica William.
O tipo de câncer que possui maior incidência na população mundial é o de pulmão. No entanto, em Aracaju, esse tipo não é tão comum, devido à baixa taxa de tabagismo na cidade. Segundo Dr. William, na capital sergipana, os tipos mais comuns são os de mama, de intestino e de próstata.
Tratamento
Atualmente, o tratamento ao câncer avançou. Diversas novas tecnologias auxiliam o paciente a ter mais chances de cura e de obter mais qualidade de vida. “A medicina avançou muito, principalmente na parte de diagnóstico, que não é só de laboratório, mas exames de imagem, ressonância. A gente já consegue visualizar lesões e tumores menores, o que aumenta a possibilidade de cura”, afirma o especialista.
O tratamento pode envolver três pilares importantes: a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia. “Hoje, já temos robôs que fazem cirurgia, existem técnicas de vídeo e um pós-operatório que permite que o paciente tenha uma recuperação mais assistida. Sobre a radioterapia, durante muito tempo, vivemos no Brasil uma desassistência, mas agora temos equipamentos de ponta, que não devem nada aos melhores centros mundiais. Podemos oferecer um tratamento com doses de radioterapia, sem precisar danificar os órgãos vizinhos. Você pode dar doses maiores, com uma precisão milimétrica”, continua.
A quimioterapia foi um dos métodos que mais avançou ultimamente com o surgimento de mais drogas que agem em mais receptores, mais áreas de células diferentes. “Surgiram outros medicamentos que se chamam imunoterapia, que você consegue fazer com que o sistema imunológico na pessoa reconheça aquela célula do tumor como um inimigo e o próprio sistema imunológico vai lá e destrói essa célula e esse tumor. Temos tudo isso e cada vez mais o tratamento é individualizado, dificilmente duas pessoas, mesmo que tenham o mesmo tumor, serão tratadas de forma igual”, destaca William.
Combate ao câncer
O Dia Nacional de Combate ao Câncer foi criado no ano 2000 pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC, em inglês), com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS). Criado por meio da Carta de Paris, a data busca conscientizar e educar a população sobre a doença. “Quando se tem um diagnóstico precoce, as chances de cura são de 90 a 100%. E mesmo nos casos mais avançados, temos a oferecer ainda uma boa chance de cura e mais qualidade e prolongamento da vida”, reforça o médico especialista.
Fonte: Ascom Unimed
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