Comitê orienta medidas mais duras para evitar descontrole da Covid-19

Segundo o Comitê, o risco epidêmico que estava estável ou baixando em alguns Estados voltou a ser alto em todo Nordeste (Foto: Sérgio Silva/PMA)

Em mais um boletim sobre o comportamento do novo coronavírus (Covid-19), o Comitê Científico da região Nordeste orienta que os governadores dos estados nordestinos devem colocar em práticas medidas mais duras para evitar a disseminação e o controle do vírus. Segundo o estudo, essas ações são necessárias “dada a possibilidade concreta que, devido a uma série de fatores, a segunda onda de COVID-19 seja muito mais grave do que a primeira em todo o Brasil e na região Nordeste”.

O Comitê destaca que a segunda onda da epidemia da Covid-19 já se instalou em todo Brasil, bem como nos estados da região Nordeste, a exemplo do que ocorre em muitos outros países mundo afora. “Diante deste quadro, o Comitê Científico de Combate ao Coronavírus Nordeste recomenda aos 9 governadores que compõe o Consócio Nordeste, bem como a todos os governos municipais, que tomem medidas urgentes para frear o crescimento da epidemia na região”, salienta a análise dos pesquisadores.

Dentre as medidas de combate à doença o Comitê sugere as seguintes:

1) Vacinas e estratégias de vacinação;

2) Medidas de distanciamento social;

3)Renovação das medidas de proteção às equipes de saúdes, testagem e rastreamento de casos e reabertura de leitos e hospitais de campanha;

4) Monitora Covid-19, telemedicina e brigadas emergenciais de saúde;

5) Medidas para dificultar a importação do vírus.

Risco epidêmico alto

Ainda segundo o Comitê, o risco epidêmico que estava estável ou baixando em alguns Estados voltou a ser alto em todo Nordeste. “O que era de se esperar pela possibilidade de aumento no número de infectados que são potenciais transmissores do vírus”, salienta o estudo.

O Comitê ressalta ainda que os estado de Sergipe, Rio Grande do Norte, Alagoas e Maranhão possuem o número de óbtivos em um nível estável. “A situação atual de ocupação de leitos nos Estados em 12 de dezembro era a seguinte: Alagoas (53%); Bahia (leitos clínicos 55%, UTIs 77%); Maranhão (54%); Paraíba (59% Campina Grande e 93% no interior); Pernambuco (89%); Piauí (58%); Rio Grande do Norte (80%) e Sergipe (65%). Em alguns Estados, cirurgias não emergenciais estão sendo suspensas. Observa-se que em todos os Estados o grau de ocupação de leitos para Covid-19 varia entre 53% a 89%, o que é extremamente preocupante no caso de intensificação da pandemia”, explica.

Fator eleições 

O estudo diz ainda que a realização das eleições municipais catalisou a disseminação do vírus. “O período eleitoral foi uma das causas da retomada da pandemia”, avalia. O boletim do Comitê Científico salienta ainda sobre o risco iminente de que, se não forem implementadas medidas restritivas durante as festividades natalinas, “o número de infectados e de óbitos pode voltar a crescer de forma exponencial e fora de controle na região nordeste”, alerta.

Governo de Sergipe

Em comunicado, a Superintendência de Comunicação do Governo de Sergipe informou que o estado possui seu próprio Comitê Técnico-Científico e que vem vem tomando medidas desse 14 de março, quando começou a pandemia em Sergipe. Agora pra final do ano tomou as seguintes medidas: 1) ampliou leitos de UTI; 2) Diminuiu a capacidade dos eventos em 50%; 3) Intensificou as fiscalizações para evitar aglomeração; 4) Intensificou campanhas publicitárias para conscientizar as pessoas, etc.”, destacou a Superintendência.

por João Paulo Schneider
Com informações do Comitê Científico da região Nordeste 

 

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