Falta de medicamento compromete tratamento de pacientes

Sandra Lima procurou o MPE para pedir apoio (Fotos: Portal Infonet)

São constantes os casos de pacientes com câncer que procuram a promotoria da saúde do Ministério Público Estadual (MPE) na tentativa de pedir apoio e denunciar a falta de medicamento para o tratamento.

Em alguns casos, o tratamento tem que ser interrompido por falta do medicamento necessário ao complemento da quimioterapia. Sem saber o que fazer, a paciente Sandra Lima Pinheiro procurou o MPE para pedir apoio e não correr o risco de ter o quadro clínico agravado por conta da ausência da medicação.

Acometida por um linfoma, a paciente Sandra Lima está com a segunda sessão de quimioterapia comprometida devido à falta do medicamento Granulokine que está em falta no setor de oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). “Todo mundo que faz quimioterapia necessita após 72 horas, tomar cinco injeções desse medicamento para subir a imunidade, mas o medicamento não tem no Huse. Estou com a segunda sessão marcada para o dia 6 de outubro, mas nem sei como vai ficar já que não tem o medicamento. São várias pessoas que estão nessa situação”, lamenta a paciente.

O que chama atenção é que essa não é a primeira vez que os pacientes denunciam que o medicamento está em falta no setor de oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe.

O medicamento Granulokine está em falta

MPE

Na tentativa de não deixar que os pacientes sejam desassistidos, a promotoria da Saúde já impetrou com ação civil pública  para que os medicamentos sejam disponibilizados aos pacientes com câncer.

De acordo com a promotora Euza Missano, ainda mesmo após a ação, diversos pacientes reclamam da falta de medicamento. “Nós estamos recebendo reiteradas vezes pacientes que estão interrompendo o ciclo de tratamento pela falta de medicamento quimioterápico. O MP já comunicou isso ao poder judiciário e ainda hoje vamos fazer uma nova comunicação, dessa vez, pedindo a intimação pessoal da secretária de Estado da Saúde e do presidente da Fundação Hospitalar para que, em 72 horas, informe porque não está cumprindo a liminar e disponibilize os medicamentos”.

No entendimento da promotora, é inadmissível que os pacientes interrompam o tratamento pela ausência da medicação. “É inadmissível essa situação. Um paciente que depende do medicamento para sobreviver e o estado não conegue manter a vida desse paciente com a distribuição do medicamento, que é um item fundamental. Não estamos pedindo nada além do mínimo que é determinado pelo Ministério da Saúde”, afirma.

SES

A equipe do Portal Infonet entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde (SES). A diretoria da Fundação Hospitalar de saúde informa que a medicação estará disponível na segunda-feira. A falta foi pontual. A Fundação tem trabalhado no sentido de garantir o abastecimento e por períodos mais longos.

em nota, a FHS Informa ainda que o setor de Oncologia do Huse tem avançado cada vez mais para fortalecer a assistência aos pacientes oncológicos, seja na realização de consultas médicas, nas sessões de radioterapia, nos procedimentos cirúrgicos, fluxo de exames, farmácia, entre outros serviços. Nos últimos meses, mudanças significativas nos processos de trabalho têm contribuído cada vez mais na organização e na fluidez das atividades.

Por Aisla Vasconcelos

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