Fisioterapeutas de Sergipe discutem tabela de honorários

Uma nova audiência foi remarcada para dia 18 de março (Foto: Portal Infonet)

Fisioterapeutas de diversas cooperativas se reuniram em audiência nesta segunda-feira, 23, na promotoria do Consumidor do Ministério Público Estadual. Os fisioterapeutas foram discutir o realinhamento da tabela dos honorários, propondo que o pagamento seja escalonado pelo intervalo temporal de três anos, sendo 60% no primeiro ano, 75% no segundo e 100% no terceiro ano.

Durante audiência, representantes da União Nacional das Entidades de Autogestão em Saúde (Unidas) solicitaram um prazo de 15 dias para que possam oferecer uma proposta final aos fisioterapeutas.

De acordo com promotora do Consumidor, Euza Missano, será necessária a união de esforços para que a população não seja desassistida. “Eles lutam pela valorização das prerrogativas dos fisioterapeutas, bem como pelo realinhamento do valor de referência estabelecido. A preocupação do MP é que a população não deixe de ficar assistida. Estamos intermediando isso entre os fisioterapeutas e as operadoras do plano para que não haja interrupção dos serviços aos consumidores. Caso não haja negociação, já existe uma assembleia com indicativo de uma real possibilidade de paralisação. Caso isso ocorra, o MP terá que intervir e não está descartada uma ação civil para garantir a população o serviço de fisioterapia”, informa.

De acordo com o vice-presidente da Associação dos Prestadores de Serviço de Fisioterapia do Estado de Sergipe (APFISIO/SE), Anderson Almeida da Rocha, a categoria aguarda uma resposta favorável para os fisioterapeutas. “Essa audiência foi proveitosa visto que as nossas objetividades estão quase concretizadas porque as operadoras de planos de saúde sentiram a necessidade e também estão obrigadas pela resolução da ANS [Agência Nacional da Saúde] a cumprir o que foi determinado pela ANS. Qual o ganho? O paciente que vai ser melhor assistido, vai ter condições de ter procedimentos que não eram realizados pela fisioterapia porque não estava no rol da ANS e passaram a estar. Passamos a ter a tabela de honorários da fisioterapia, que antes a gente fazia apropriação das tabelas dos médicos, e a ANS baixou uma resolução que todas as áreas da saúde terão que ter a tabela de honorário, e por isso estamos nesta batalha”.

No dia 18 de março, os fisioterapeutas participarão de uma nova audiência para que seja apresentada a proposta final da Unidas à categoria.

Ainda segundo Anderson Almeida, um indicativo de paralisação não está descartado. “Haverá assembleia logo após a nossa reunião no MPE e será respeitado o que a assembleia decidir. Sabemos que o indicativo maior é de paralisação, mas isso não é bom a ninguém e faremos o possível para que essa negociação chegue ao máximo de satisfação para ambos os lados”, informa.

Por Aisla Vasconcelos