A Secretaria de Estado da Saúde (SES) esclarece à população que o carro-fumacê não está sendo utilizado nos municípios devido ao desabastecimento do inseticida, que não é fornecido há dois meses pelo Ministério da Saúde (MS). Esta situação atinge todos os estados brasileiros. A informação do Ministério, que é o responsável pelo fornecimento, é de que está com dificuldades para adquirir o produto.
Segundo a diretora de Vigilância em Saúde da SES, Mércia Feitosa, o Ministério pediu a compreensão dos Estados. “Na ultima sexta-feira, 19, participamos de vídeo-conferência com o Ministério da Saúde, quando foi pedida compreensão de todos os Estados, porque o órgão federal está com problema na aquisição do inseticida malathion. O Ministério alega aguardar o fim do processo de licitação para adquirir o produto e repassar para os Estados”, explicou.
Feitosa informou que atualmente Sergipe tem um quantitativo menor do inseticida, o que obrigada o uso racional e otimizado do produto para que possa cobrir as áreas de maior infestação do mosquito adulto. A medida empregada foi a bomba UBV Costal (Ultra Baixo Volume), utilizada no município pelo agente de endemias habilitado. “A bomba costal tem uma grande eficácia porque a diluição dela é diferenciada, orientada, otimizada, conforme pedido do Ministério da Saúde”, esclarece.
A diretora explica que o inseticida utilizado é um produto químico, que causa contaminação ambiental, exigindo, portanto, critérios para a sua utilização. O produto não pode ser aplicado em curto espaço de tempo, sob o risco de prejudicar a saúde dos seres humanos e afetar o ecossistema. Além disso, em períodos chuvosos, o carro fumacê também não é recomendado porque pode prejudicar a sua eficácia, além de atingir locais com água, podendo até provocar problemas de saúde para animais e até mesmo a população.
Ela reforça que o fumacê não é utilizado para alcançar o mosquito comum ou a muriçoca. Seu uso é para o controle do Aedes e mesmo assim, como medida secundária, considerando que a ação mais eficaz para o enfrentamento da Dengue é a eliminação do criadouro do mosquito. “Se não destruo o nascedouro, a espécie vai sendo renovada a cada ciclo”, reforçou.
A população pode fazer muito
A população precisa se sentir protagonista no combate ao Aedes, segundo avalia Feitosa. “Seja em casa, no entorno da casa ou como cidadão que passa na rua e vê algo (coco, lata, copo, garrafa) que pode se tornar um criadouro, vai lá e vira a abertura para baixo, para não juntar água. Ao fazer isso, você estará eliminando possíveis criadouros. É o que chamamos de eliminação mecânica”, sugeriu.
Fonte: SES
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