Nos últimos dias a reclamação constante em Aracaju (SE) tem sido sobre o forte calor, o que gera uma preocupação maior dos profissionais de saúde em relação à exposição excessiva ao sol. Ana Luíza Furtado, médica dermatologista do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS), filial da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), afirma que os riscos da exposição ao sol sem proteção são evidentes.
“A taxa de radiação solar mais intensa é um fator de risco importante, principalmente para o câncer de pele, que hoje é o tumor mais comum no mundo, e no Brasil não é diferente. A forma principal de prevenção é usar o filtro solar diariamente, não importa se está chovendo ou nublado. O importante é criar um hábito, porque a partir do momento em que é criado o hábito, isso passa a ser rotina”, alerta.
A médica diz que é preciso também observar o fator de proteção utilizado. “Entre não usar nada e usar um fator 30, fico com o 30, pois o ganho de proteção pode ser muito grande. Em situações específicas, ou seja, pessoas que têm manchas ou doenças ativadas pela luz do sol, podem ser usados filtros mais altos. Outra coisa a considerar são as opções de filtro transparentes ou com cor. O filtro com cor faz uma cobertura a mais nesses casos específicos, fornecendo uma melhor proteção”, explica.
Complemento
Ana Luíza esclarece que a proteção solar complementa o uso do filtro solar. “Todas as medidas devem ser tomadas em conjunto. A proteção é usar uma sombrinha para andar na rua, usar chapéu, roupas com maior cobertura do corpo, evitar exposição no horário do pico solar, ou seja, das 10h às 16h. São cuidados que vão além do uso do filtro e devem ser observados”, aponta a médica.
A dermatologista pontua que o famoso tecido com proteção solar deve trazer uma certificação em sua etiqueta. “Lembrando que esse tecido, quando molhado, diminui em cerca de 50% a sua taxa de proteção, e que o uso do protetor solar em todo o corpo continua sendo essencial. Quem não tem a roupa confeccionada com esse tecido, pode optar pelo algodão ou linho, tecidos leves, para cobrir a maior parte do corpo, mas sempre aliando ao uso do filtro”, diz.
De acordo com ela, o cuidado deve ser redobrado com as crianças. “A radiação solar a qual elas se expõem a partir dos seis meses, idade em que normalmente são liberadas para a piscina ou praia, até os 18 anos de vida, é responsável por 80% das chances dessa pessoa ter câncer de pele na fase adulta. Crianças devem usar protetor solar diariamente, blusas com fator de proteção e outros acessórios, como chapéus”, alerta.
Fonte: Ebserh/HU
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