Médicos mantêm greve e PMA pede compreensão

João Augusto: salários de dezembro em duas parcelas (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Os médicos mantiveram a greve, iniciada no dia 2 deste mês, e, em nota emitida pelo Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed) demonstram insatisfação com o tratamento que o prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B) está dispensando aos aposentados e pensionistas dos serviços públicos.

Nesta quarta-feira, 1º, o Sindimed enviou ofício ao prefeito informando condicionantes que poderão contribuir com o fim da greve. Conforme o presidente do Sindimed, João Augusto Oliveira, o fim da greve está atrelado a um calendário de pagamento de salário permanente. O presidente diz que o prefeito deveria enviar projeto de lei garantindo pagamento de salário no último dia do mês trabalhado, vigorando a partir do mês de setembro deste ano.

Até setembro, o prefeito, conforme o presidente do Sindimed, estabeleceria o quinto dia último do mês subsequente ao trabalhado como data de pagamento de salário, além de se comprometer a dispensar o mesmo tratamento para servidores aposentados e pensionistas. O ponto crítico está no pagamento dos salários de dezembro. O prefeito estabeleceu o critério de pagar o débito com os servidores por meio de empréstimo bancário consignado, sem qualquer ônus aos trabalhadores. Mas os médicos, em assembleia geral realizada na noite da terça-feira, 31, rejeitaram esta proposta e defendem pagamento parcelado em até duas prestações: a primeira em março e a segunda a ser paga no mês de abril.

O presidente do sindicato informou que solicitou uma audiência com o prefeito e está aguardando uma resposta do gabinete.
O secretário de governo, Carlos Cauê, disse que o prefeito está impossibilitado de modificar a proposta para pagamento de salários em atraso devido às dificuldades financeiras e fez um apelo à classe médica para tratar a questão com bom senso. “O prefeito está chegando e está solucionando, em prazo recorde, um problema que herdou da gestão anterior. Lamentamos este entendimento do sindicato, está faltando um pouco de bom senso de parte da categoria”, comentou Cauê.

Por Cássia Santana