Novos leitos do Huse irão desafogar centro cirúrgico

Unidade de Apoio Crítico do Hospital de Urgência de Sergipe recebeu investimentos superiores a R$ 1.060.000,00 (Foto: Marco Vieira/ASN)

Para permitir um melhor fluxo dos pacientes de trauma do Pronto Socorro, retirar os pacientes da Sala de Recuperação Pós Anestésica (SRPA) e otimizar a disponibilidade da salas cirúrgicas do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), o governador Belivaldo Chagas e a vice-governadora Eliane Aquino entregaram, nesta quinta-feira, 31, a nova Unidade de Apoio Crítico do Hospital. O setor possui dez leitos e recebeu equipamentos avaliados em R$ 1.060.000,00.

De acordo com o governador, a nova ala faz parte do direcionamento da gestão estadual para promover uma maior humanização ao Huse. “A partir do funcionamento dessa unidade de apoio ao paciente crítico, conseguimos desafogar outros setores, outras unidades aqui dentro do próprio Huse. Isso evita aquele problema que tínhamos em um passado recente, de corredores lotados e dificuldades até mesmo para que os próprios profissionais pudessem trabalhar em algumas alas. Isso significa dizer que a rede hospitalar está funcionando”, disse Belivaldo.

Para o chefe do Executivo estadual, as unidades de saúde pública devem funcionar em rede para que a população tenha acesso a melhores serviços. “Tem sido essa a nossa preocupação o tempo todo, fazer a unidade funcionar em rede e, com isso, dar melhores condições de funcionalidade ao Huse e melhores condições de atendimento à população. Precisamos funcionar harmonicamente como uma orquestra e é por isso que nos preocupamos com o Hospital Cirurgia, onde as coisas também estão acontecendo, porque se lá funciona bem, o Huse também funciona. Nós ativamos uma parte cirúrgica no hospital de Socorro, onde estamos realizando cirurgias ortopédicas. A mesma coisa está acontecendo com as cirurgias vasculares que estão sendo feitas em São Cristóvão. Estamos desafogando o Huse, para melhor atender a população. As coisas estão funcionando sem nenhum problema em relação ao Huse”.

A Unidade de Apoio Crítico do Hospital ocupa uma área de 211m² e conta com dez leitos com camas elétricas, quatro bombas de infusão por leito, um respirador para cada leito, além do padrão das UTI’s que existem no Huse. Além desses investimentos, o Estado disponibilizou recursos para revitalização da ala e aquisição de mobiliário. Foram realizados serviços de pintura, alvenaria, marcenaria e revisão hidráulica e elétrica.

O secretário de Estado da Saúde, Valberto de Oliveira, explicou que o espaço possibilitará uma melhor organização nas demandas do maior hospital público de Sergipe. “Essa unidade resolverá um grande problema não só do Huse, como também de todos os regionais. É uma semi-intensiva onde os pacientes mais graves da Ala Vermelha vão poder ser beneficiados não só com a tecnologia que o setor vai oferecer, mas também com uma assistência que é padrão de UTI. A única diferença desse espaço para a UTI é que esta precisa de uma área de isolamento que é a única coisa que esse setor não vai dispor. Teremos técnicos de enfermagem, enfermeiras, médicos, todos habilitados em terapia intensiva para dar suporte a essa semi-intensiva. A unidade vai facilitar o fluxo na Ala vermelha, porque colocando os pacientes na semi-intensiva, será possível receber outros pacientes graves para serem estabilizados”.

Valberto de Oliveira destacou, ainda, que, atualmente, o gasto geral do Huse passa de R$ 1. 100.000, 00 por dia. “Na urgência, a nossa média de atendimento é de 300 a 400 paciente por dia, recentemente, com o fechamento do Nestor Piva, chegamos a 870, um aumento considerável. Hoje, a média está numa faixa de 400 a 450, mas mesmo assim, acima da média habitual”, acrescentou o gestor da SES.

Conforme o superintendente do Huse, Darcy Tavares, já a média mensal de cirurgias no Huse é de aproximadamente 300 procedimentos. “Primeiro, é interessante dizer que nós estamos seguindo à risca a determinação que nos foi dada pelo governador do Estado de humanizar o Hospital de Urgência de Sergipe. Para humanizar, a gente precisa dividir o fluxo do atendimento, dando melhor conforto ao paciente. Essa é uma unidade de apoio à pacientes críticos, que vai proporcionar que a gente não trave mais o nosso Centro Cirúrgico. O que acontecia antes, já que o movimento de cirurgias do Huse é muito alto, era que, em alguns momentos, por falta de vagas na UTI, nossos pacientes não poderiam sair da nossa Sala de Recuperação Anestésica, ficando travado o centro cirúrgico e também estacionada a entrada de pacientes que aguardam cirurgia”, expôs o superintendente.

Darcy Tavares informou ainda que a Unidade de Apoio Crítico do Hospital entrará em funcionamento a partir desta sexta-feira (1º).

Captação de órgãos 

A nova Unidade de Apoio Crítico do Huse também irá oferecer, pela primeira vez em Sergipe, dois leitos destinados à captação de órgãos, ou seja, para pacientes em protocolo de morte encefálica.

Segundo o coordenador da Unidade de Apoio e Área Vermelha do Huse, José Edvaldo dos Santos, com a nova ala, o Estado passará a ter um grande potencial de captação de múltiplos órgãos, o que não era possível até então. “Para fazer a captação dos órgãos é necessário o diagnóstico da morte encefálica, feito em três exames. A partir da realização do primeiro exame, o paciente vai ser transferido para um desses dois leitos, e aguardará a realização desses dois outros exames, aqui nessa unidade. A unidade tem características de UTI, nela o possível doador terá toda a assistência até que seja fechado o diagnóstico de morte encefálica. Feito o diagnóstico e a abordagem da família, a organização de procura de órgão do hospital fica responsável por fazer a captação dos órgãos daqueles pacientes o qual a família concordou com a doação. Já os demais oito leitos servirão como retaguarda para o Centro Cirúrgico, como sala de recuperação”, reforçou.

Os dois leitos reservados para pacientes com protocolo de morte encefálica vão ficar sob o controle do Sistema Interfederativo de Garantia de Acesso Universal [Sigau], mas, com olhar especifico para a Central Estadual de Transplantes e Organização de Procura de Órgãos (OPO) do Estado.

Fonte: ASN

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