Operação de resgate em Laranjeiras durou 2h30

Coletiva aconteceu no auditório do Huse (Fotos: Portal Infonet)

Após duas horas e meia de um trabalho de salvamento das vítimas do acidente registrado na manhã desta quinta-feira, 5, no município de Laranjeiras, deixando seis mortos e vários feridos, os 37 profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) se reuniram com a coordenação para avaliar o tempo resposta do Plano de Contingência para Múltiplas Vítimas, considerado positivo. A primeira ambulância chegou ao local em quatro minutos.

Na tarde desta quinta, a coordenadora do SAMU Sergipe, a enfermeira Conceição Mendonça detalhou durante coletiva de imprensa no auditório do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), toda a operação de salvamento. Segundo ela, às 7h10 minutos, a Central de Regulação do Samu recebeu uma ligação de populares informando que havia um acidente envolvendo um microonibus e uma caçamba, com muitas vítimas no local.

Conceição Mendonça: "O principal indicador do Samu é o tempo resposta"

“Imediatamente, a Central acionou um Plano de Contingência para Múltiplas Vítimas [onde o Samu trabalha totalmente integrado, articulado com instituições parceiras e a rede hospitalar de Urgência]. Os médicos comunicaram imediatamente à superintendência e dispararam a primeira viatura ao local para avaliar a magnitude do evento, o número de vitimas e o impacto que causou. Com quatro minutos nós estávamos com a primeira ambulância no evento e com mais quatro minutos, a segunda ambulância chegou. Tempo resposta pra gente é vida, é hora de ouro”, afirma.

A coordenadora do Samu chegou ao cenário do acidente dez minutos após. “O cenário não estava legal, as duas equipes já estavam, a de Unidade Suporte Avançado (USA) e a de Unidade de Suporte Básico (USB). A Central de Regulação tem uma logística muito importante como termômetro de saúde pública no Estado. Dentro do Plano de Contingência, a gente sabe que aconteceu um acidente de grandes proporções, mas não pode deixar de assistir a popuçlão do estado, por isso é importante trabalhar com dois canais de radio frequência”, entende.

Integração

Conceição Mendonça destacou a importância do trabalho integrado durante a operação de salvamento. “Começamos a integrar o trabalho, comunicando aos órgãos de apoio como Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, CPRV, IML, Criminalística. É importante essa integração in loco, em cena. E temos atores altamente silenciosos à distância, que nos dá todo o suporte de urgência e emergência, que é a rede hospitalar. O primeiro hospital a ser comunicado foi o Huse, que já tem uma área específica e toda a equipe médica entrou em ação. Além do Huse, foi mobilizada toda a rede, Zona Norte, Zona Sul, Hospital Cirurgia e dois hospitais privados que se comprometeram a nos ajudar. Foram utilizadas dez ambulâncias do SAMU, dentre elas, um veículo de intervenção rápida com cones, fitas zebras e lonas. Fizemos um comando altamente integrado, com liderança, com compromisso, com ética, com calma. Não havia barulho na cena, a não ser da comoção de familiares e das pessoas que estavam ao redor”, relata.

Triagem

Ela contou que ao abrir as lonas, os profissionais começaram a identificar o nível de gravidade dos pacientes e fazer a triagem e avaliação primária. “Os pacientes com gravidade mais elevada foram transferidos para a lona vermelha, os de gravidade média pra lona amarela e nós caracterizamos a lona azul para os pacientes que estavam em óbito. Nós preservamos os corpos de seis vítimas. Houve rumor que havia crianças, mas eram todos adultos. Foram removidas pelo Samu sete vítimas, dessas, foram três vermelhas e as quatro caracterizadas entre amarelo e verde. Pelo impacto do acidente, pela cinemática, a gente caracterizou como magnitude alta, por isso que esses pacientes precisam ter uma observação mais duradoura”, informa.

Trinta e sete profissionais estiveram envolvidos entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, condutores, apoio logístico e toda a gestão do Samu. “Todas as equipes do Samu retornaram pra nossa Central de Regulação aonde foi realizado um The Breefing para identificar se houve alguma falha, faltou água pra equipe, onde precisamos melhorar. Ouvimos os profissionais e foi gerado um relatório. Foi esse o cenário de hoje, de duas horas e meia, que a gente fez tudo para salvar um maior número de vítimas. O principal indicador do Samu é o tempo resposta”, finaliza.

Participaram também da coletiva, o médico cardiologista do Samu, Rodrigo Cunha, a enfermeira do Huse, Milena Lima e o comandante da Companhia de Polícia Rodoviária Estadual (CPRV), major Manoel Santos Júnior.

Por Aldaci de Souza

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