Prefeitura e Conselho não se entendem e UPA continua interditada

Continua o embate entre a Prefeitura de Aracaju e o Conselho Regional de Medicina (CRM) quanto à formação da escala médica para o atendimento à população de Aracaju na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Fernando Franco [Zona Sul], no conjunto Augusto Franco. Por falta de entendimentos, a UPA Zona Sul continua sob interdição ética do Conselho Regional de Medicina.

A vice-presidente do CRM, Rika Kakuda, garante que o Conselho ainda não recebeu a escala, que deveria ser encaminhada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). De acordo com Kakuda, representantes do CRM tiveram reunidos com a secretária Waneska Barboza na sexta-feira da semana passada, 1o, discutindo a questão, mas não chegaram a um consenso. “Não sei qual a dificuldade da secretaria para preencher a escala”, diz Rika Kakuda. “Acredito que falta uma melhor maneira para negociar [com os médicos]. Acho que falta boa vontade da gestão para entrar em uma negociação satisfatória”, destacou.

Por outro lado, a Secretaria Municipal de Saúde garante que a escala já está formada e que o município já enviou ofício ao CRM informando o nome dos profissionais e solicitando a desinterdição da UPA. De acordo com nota enviada pela assessoria de imprensa da SMS, a escala definida pelo município garante a presença de três profissionais em cada turno naquela unidade. Na ótica da SMS, esta escala atende à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), nos termos em que o Conselho Regional tomou como base para fazer a interdição ética.

“A resolução do CFM diz que para fins práticos, considerando um Serviço Hospitalar de Urgência e Emergência com 50.000 atendimentos anuais (≅4.167 atendimentos/mês, ou ≅139 atendimentos/dia, ou ≅6 atendimentos/hora), excluídos pacientes graves atendidos na sala de reanimação, seriam necessários dois médicos por turno para o atendimento”, destaca a nota enviada à imprensa pela assessoria da Secretaria Municipal de Saúde. A assessoria informa que a Secretaria Municipal de Saúde aguarda resposta do Conselho Regional de Medina.

por Cassia Santana