O termo “dengue grave” tem sido bastante utilizado nos últimos meses e a incidência da doença no estado de Sergipe chama atenção da população. Além da necessidade de atos de prevenção, é preciso entender quais são os principais sintomas da doença para que seja possível identificar os possíveis tipos de dengue.
De acordo com o Ministério da Saúde, o mosquito Aedes Aegypti é capaz de transmitir quatro tipos de vírus (sorotipos 1, 2, 3 e 4), de modo que cada pessoa pode ter os quatro tipos da doença, mas a infecção por um sorotipo gera imunidade permanente para ele.
Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), com duração de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de fraqueza, dor atrás dos olhos e, em alguns casos, coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos também são comuns.
Segundo informações da diretora de Vigilância em Saúde, Mércia Feitosa, o procedimento de atendimento dos pacientes com suspeita de dengue inclui a liberação nos casos em que são identificados apenas esses sinais ‘clássicos’ da dengue. “Caso existam sinais de alerta como dores abdominais, vômitos persistentes e/ou com sangramentos, queda de plaquetas e sangramentos orais é apontada a suspeita de dengue grave”, diz.
Dengue grave
Mércia explica que o termo ‘dengue grave’ era usado anteriormente para substituir a dengue hemorrágica, que pode ser diferenciada da dengue clássica exatamente pela presença dos sinais de alerta. De acordo com a diretora, o paciente deve prestar atenção na frequência dos sintomas da doença para saber se existe gravidade.
“O que diferencia a dengue clássica da dengue grave são os sinais de alerta. É comum que no quinto ou sexto dia da doença a tendência seja melhorar, então quando isso não acontece e os sinais de alarme já existem indicamos que o paciente retorne para a unidade de saúde onde foi atendido para fazer ser examinado”, conta.
Em municípios menores o diagnóstico já tem sido antecipado, assim como Mércia afirma. Ela explica que quando o paciente se encontra num território em que há comprovação de circulação do vírus a suspeita de dengue é apontada pelo seu perfil clínico epidemiológico compatível, eliminando a necessidade da realização de exame de sangue.
Independente do tipo de dengue, a existência dos sintomas da doença pode gerar a possibilidade de agravamento e é fundamental salientar o perigo da automedicação. “O recomendado é que a pessoa não tome nenhum tipo de medicação, nem mesmo para febre. Quando o paciente vai até uma unidade de saúde com suspeita de dengue ele é automaticamente notificado e serão feitas as devidas orientações para tratar a situação”, reforça.
Chikunguia e Zika
A diretora de Vigilância afirma que dados do perfil epidemiológico de Sergipe apontam que a Chikunguia e a zika, também são causadas pelo Aedes Aegypti, estão em baixa circulação.
Segundo ela, os exames atuais indicam a redução de casos dos dois tipos de vírus e o momento é de prevenção contra a dengue, levando em consideração a sua alta incidência.
por Juliana Melo e Raquel Almeida
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