Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que 10% dos produtos farmacêuticos que são comercializados nos países em desenvolvimento apresentam problemas de qualidade e de falsificação. Levando em consideração o risco que a pesquisa aponta, estar atento aos itens informados em embalagens de medicamentos é uma medida de segurança que deve ser praticada com frequência.
“Devemos ter cuidado ao observar todas as informações da embalagem para que possamos ter a segurança de que estamos adquirindo um medicamento verdadeiro”, ressalta a mestre em Ciências da Saúde e vice-presidente do Conselho Regional de Farmácia, Larissa Feitosa. Ela afirma que a intoxicação é uma das consequências trazidas por medicamentos falsificados.
Cada tipo de medicamento deve conter informações obrigatórias de acordo com sua categoria:
Medicamentos genéricos:
Suas embalagens devem conter o nome da substância escrito em letra minúscula, tarja amarela com a letra ‘G’ em letra maiúscula e a identificação de que o medicamento se trata de um item genérico.
Remédios similares ou de referência:
Devem conter o nome de marca na parte superior da embalagem e a denominação genérica na parte inferior, sendo informado com letra minúscula.
Medicamentos tarjados:
Possuem receituário especial e, a depender da classe, podem conter tarjas vermelhas ou pretas.
Além das informações obrigatórias que variam de acordo com a função de cada medicamento, toda e qualquer embalagem secundária deve conter as seguintes informações:
Marca do fabricante ou do laboratório responsável pela comercialização; fabricante do medicamento; concentração do medicamento; quantidade do medicamento; contato de SAC do laboratório; lacre plástico com logomarca do laboratório; número de lote, fabricação e validade; e código de barras comum; frases de alerta sobre tipo de uso e/ou restrições.
Caso o consumidor perceba que falta alguma dessas informações ou note alguma diferença na embalagem do medicamento, uma das opções é entrar em contato com o SAC do fabricante para checar se o lote está de acordo com o medicamento fabricado, assim como explica Larissa. “Por meio das informações presentes na caixa o laboratório consegue confirmar imediatamente se o medicamento é seguro”, diz.
Ela afirma ainda que mesmo quando o medicamento possui venda livre ou é comprado em quantidades reduzidas, como no caso de alguns comprimidos, devemos sempre pedir uma bula na farmácia. “O medicamento que compramos na farmácia é obrigado a vir com bula para o paciente, então o laboratório deve disponibilizar a quantidade suficiente para que o farmacêutico ou atendente possam repassar nas compras”, explica.
Em caso de identificação de um medicamento falsificado, além de entrar em contato com o laboratório através do SAC é recomendado que o consumidor faça uma denúncia na Vigilância Sanitária Regional ou na Central de Atendimento da Anvisa pelo número 0800 642 9782.
por Juliana Melo
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