Sejuc: 22 casos de tuberculose no Copemcan

Presos se amontoam em celas (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Já somam 22 casos de tuberculose entre os detentos do Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan), o presídio mais populoso e com maiores problemas, instalado no município de São Cristovão. A estatística foi confirmada pela Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania (Sejuc) nesta sexta-feira, 17. Nesta estatística, conforme a Sejuc, 16 casos da doença foram confirmados e outros cinco estão em investigação, aguardando o resultado dos exames.

De acordo com a assessoria de imprensa, a Sejuc está tomando as precauções, assegurando tratamento aos pacientes, que, mesmo doentes, continuam custodiados naquela casa de detenção. Além do atendimento médico, segundo a assessoria, a Sejuc apoia as ações que estão sendo desenvolvidas pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe (OAB/SE) e pela Defensoria Pública.

Estas ações, segundo a Sejuc, vão contribuir para combater a superlotação naquela unidade, que já foi alvo de interdição do Poder Judiciário devido ao excessivo número de custodiados. De acordo com a Sejuc, há mais de 2,6 mil detentos no presídio que tem capacidade para custodiar apenas 800.

O vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SE, Robson Barros, informou que a entidade está fazendo um trabalho minucioso para avaliar a situação completa de cada detento. O foco, segundo Barros, está na superlotação. Conforme a OAB/SE, 200 fichas foram analisadas e, entre elas, há detentos com suspeita de tuberculose e doenças de pele e dezenas deles que já poderiam estar em liberdade, mas se mantêm presos por falta de assistência jurídica.

O trabalho permanece, em regime de mutirão, com a perspectiva de ser concluído nos próximos dois meses, conforme estimativa do vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SE.

Por Cássia Santana