Sergipe tem 70 casos de câncer infantojuvenil por ano

Crianças e adolescentes curados foram premiados com troféus e medalhas (Fotos: Portal Infonet)

Para comemorar o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil, o Grupo de Apoio e Assistência à Criança com Câncer (GACC), realizou uma programação cujo ponto alto foi a entrega de troféus às crianças e adolescentes curados com câncer. Em Sergipe, são diagnosticados cerca de 70 casos da doença por ano.

O evento aconteceu na manhã desta sexta-feira, 23, no Quality Hotel, com palestra do oncologista Venâncio Gumes que falou sobre “O desafio para o diagnóstico precoce no tratamento de câncer infantojuvenil”.

“Os pais devem estar atentos a qualquer suspeita a exemplo do aparecimento de bolinha branca no olho, conhecido como reflexo do olho de gato e levar a criança ao pediatra, que encaminha mais cedo ao Centro de Diagnóstico Precoce para que seja atendida imediatamente, tratada o quanto antes e sejam curadas. Em Sergipe, funcionam no Hospital de Cirurgia e no Hospital de Urgência (Huse)”, ressalta Dr. Venâncio Gumes.

Tairone e a mãe comemoram a cura de um linfoma

Ele disse que o tempo de tratamento depende de cada tipo de câncer. “Leucemias, duram de 24 a 30 meses de tratamento e outros mais simples, de quatro a seis meses, em casos iniciais, o tempo é menor. Um tumor renal, em fase inicial dura quatro semanas e em fase mais tardia, 34 semanas”, explica acrescentando que os tipos mais comuns de câncer, de uma forma geral em crianças e adolescentes são as leucemias, seguidas dos tumores do sistema nervoso central [os câncer em cérebro] e os linfomas.

“A partir daí temos uma gama de tipos de doenças oncológicas, como neuroblastomas, os tumores renais, os tumores ósseos, mas o mais comum de câncer infantojuvenil, são as leucemias”, diz.

Diagnóstico

Venâncio Gume alerta para a importância do diagnóstico precoce

O especialista Venâncio Gume destacou que o Estado de Sergipe cresceu na agilidade do diagnóstico. “Mas ainda estamos longe de grande centros como Estados Unidos e Europa. A ideia é trazer as crianças o mais rápido para o Serviço Especializado, onde serão recebidas por uma equipe muldisciplinar. Sergipe é um estado pequeno onde a gente pode envidar esforços”, acredita.

Quanto ao número de casos de câncer em crianças e adolescentes, o médico informou que: “Sergipe tem em média, cerca de 70 casos por ano, significa que em cada ano, vamos incorporando novas crianças, tratando-as e curando as, apesar de algumas perdas. A gente conclama a todos num esforço conjunto no sentido de combater a doença”.

Curadas

Familiares prestigiaram o evento

Entre as crianças curadas que participaram do evento e foram agraciadas com medalhas e troféus pelo GACC, Tairone Gonzaga, 17, tem muito a comemorar junto com a família.

“Eu agradeço a Deus, aos médicos e à ajuda do GACC [minha segunda casa] por minha cura. Quando eu tinha oito anos, descobri que estava com um linfoma. Foi muita luta, mas estou curado”, comemora.

"Tairone fez tratamento em Recife-PE e recebeu apoio do GAACC. Quando ele retornou, a instituição tinha feito uma reforma na casa dele, no povoado Feijão em São Cristóvão, construindo uma suite e ele ficou muto emocionado. O GAAC não tem sede própria, mas desenvolve um projeto para reformar casas dos pacientes, dando um conforto maior", destaca o assessor de comunicação da Organização Não Governamental (ONG), Fred Gomes.

O câncer é a 1ª causa de morte por doença na faixa etária de 5 a 19 anos. Há 30 anos a chance de cura era de 15%, atualmente passa de 65%, podendo chegar a 85% em alguns casos.

Por Aldaci de Souza

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