Sindicatos da saúde se reúnem com vereador Lucas Aribé para discutir pagamentos de dezembro / (Foto: Portal Infonet)

Em reunião com o vereador Lucas Aribé nesta quinta-feira, 2, o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (Seese) e outras categorias da saúde discutiram o panorama do dos salários referentes à dezembro do ano passado. A proposta da Prefeitura de Aracaju de fazer pagamento parcelado ou por empréstimo foi rejeitada pelos sindicatos, que estão de braços cruzados desde o fim do mês passado. Representantes de outras classes como odontólogos, nutricionistas e fisioterapeutas estiveram presentes.

No encontro, uma das estratégias discutidas para que as classes fossem ouvidas seria a união entre vereadores da oposição para levar à Câmara de Vereadores a reivindicação. Lucas Aribé se comprometeu a agendar uma reunião entre outros parlamentares e os sindicatos, e também levar a pauta à bancada de situação.

Além disso, ficou também estabelecida uma visita ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) nesta sexta-feira, 3, para saber porque as contas da PMA ainda não foram bloqueadas, visto que não só os enfermeiros, mas também o Sindicato dos Médicos (Sindimed) fez a solicitação. “Queremos saber os esclarecimentos sobre porque ainda não houve o bloqueio”, comenta Shirley Marshall, presidente do Seese.

A sindicalista ainda voltou a criticar a conduta da administração municipal no caso. “A gestão não quis negociar conosco, apenas informou as possibilidades de pagamento. Eles não divulgam calendário completo, e como fica o resto do ano? As parcelas são para 12 vezes, e se a Prefeitura não dá garantia de que vai pagar os salários em dia durante o prazo das prestações, como pode garantir que irá pagar os juros”, questiona. Outro ponto que gerou imbróglio foi a taxa de juros negociados com os bancos para o pagamento parcelado. Na Caixa e Banese, a taxa ficou fixada em 1,7%, e seria paga pela Prefeitura. Em outros bancos, o valor ficou maior, e a diferencia seria paga pelos próprios servidores.

Prefeitura

A assessoria de Imprensa do prefeito Edvaldo Nogueira afirmou que a proposta da PMA não muda e está dentro do que é viável para o município. Sobre a questão da taxa de juros dos bancos, a assessoria informou que 70% dos servidores da PMA recebem pela caixa, e 28% pelo Banese. Apenas 2% recebem por outros bancos, e uma solução para essa minoria seria a portabilidade. No que diz respeito ao bloqueio ou não das contas do município pelo TCE, será aguardado um desfecho para que o gestor se pronuncie.

Por Victor Siqueira e Verlane Estácio